CONTRA A CULTURA DA VIOLÊNCIA - PELA CULTURA DA PAZ!
"É possível julgar o grau de civilização de uma sociedade visitando suas prisões"
(Dostoievsky, in "Crime e Castigo")
"O homem que não sorri, desconfie dele!"
(Marconi Scarinci, para um truculento e DEMonícado político do DF,
que se promoveu com base no tema da segurança pública)
Em época de eleição, o que mais ouvimos falar é que o combate às violências (sexista, racista, homofóbica, socioeconômica, entre outras) será uma das prioridades dos programas de governo. Afirmo, sem medo de errar, que todo esse discurso não passa de balela e puro elemento de retórica.
A violência e sua cultura são elementos constitutivos da sociedade capitalista, em sua faceta neoliberal, a começar pela indústria cultural (nos filmes e na televisão), que glamouriza e banaliza esse fenômeno social.
Além disso, a violência é um pilar fundamental da indústria bélico-militar e da segurança. A violência dá lucro, a cultura da paz não!
Portanto, é preciso ideologizar o debate sobre o tema da violência. Se radicalizar é tomar as coisas pela raiz, deve-se ressaltar que o medo exagerado e a neurose coletiva são oriundos da dinâmica da sociedade contemporânea, pautada na coisificação do homem e no fetiche da mercadoria.
A crítica que se faz ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - Pronasci é que o governo federal propagandeia essa política como se fosse o "alfa" e o "ômega", a panaceia contra os males da falta de segurança. A abordagem é limitada e não resvala nas causas profundas, promovendo uma solução conservadora para uma questão bem mais transcendental - a natureza da nossa sociedade, alienada e tecnocrática.
Longe de fazer o jogo da direita, nesse questionamento, o que pretendemos é ousar. E ousar é viver!
NOTA
As Pílulas Ideológicas são um meio de panfletagem eletrônica que visa promover o debate acerca de assuntos candentes e da ordem do dia, além de tangenciar temas existenciais, caros a nossa condição humana.
Não apelamos para a demagogia e aos discursos políticos pasteurizados, repletos de chavões de campanha, e muito menos agredimos a natureza, produzindo infindáveis tiragens de propaganda, que, no final das contas, não tocam o coração do cidadão, acabando no lixo...
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