A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, fundada pelo Maestro Cláudio Santoro há 30 anos consolidou-se como um dos três mais importantes grupos sinfônicos do País (O Estado de São Paulo). No entanto, a sua gestão continua amadora e pouco democrática. O processo de escolha do maestro tem sido sempre orientado por razões políticas e não técnicas ou vinculadas a uma política cultural. O governador ou secretário de cultura da ocasião escolhem o maestro, que passa a ter sozinho o poder total sobre a mais importante e atuante instituição cultural do DF. O que normalmente ocorre, e isso é histórico, é que o maestro escolhido se apropria da orquestra, passa a tratá-la como se fosse um patrimônio pessoal e a usá-la como moeda de troca, favorecendo os seus interesses pessoais ao invés dos interesses da cidade. O maestro decide sozinho aspectos como repertório, datas e quantidade de concertos, solistas e regentes convidados, bem como custos relativos a todos esses eventos. Tudo isso com pouco ou nenhum controle da sociedade. Maestros não explicam e nem nunca explicaram os critérios utilizados para fazerem as escolhas que fazem. Isso leva a um cenário em que conflitos de interesses são comuns. No caso do último maestro, isso foi ainda mais grave. A Secretaria de Cultura ‘deu’ a ele a Orquestra, a pedido da Deputada sua sogra e, como os salários da estrutura do GDF foram considerados baixos, para aquilo que ele e seu grupo de apoiadores consideravam justo, viabilizou-se uma ‘associação pró-amigos’ para receber emendas parlamentares da própria Deputada e outros recursos capazes de pagar o salário do maestro-genro e cachets de solistas e convidados. Os critérios que nortearam decisões relativas aos valores pagos nunca foram explicados.
O fato de o atual modelo de gestão favorecer a ação de maestros em função de seus interesses pessoais é uma fonte de conflitos. Maestros tornam-se excessivamente autoritário com músicos, há um ambiente de perseguição no grupo, em que qualquer crítica à atuação da direção leva a processos administrativos e a assédio moral. Há um excesso de trabalho desorganizado. Tudo isso têm levado a situações constantes de adoecimento tanto físico (muitos casos de LER), quanto psíquico, comprovados por pesquisas da UnB, UCB e do Ministério da Saúde, que, inclusive, classificou o trabalho orquestral como insalubre.
Para que a Orquestra não seja mais destinada a servir aos interesses de uma pessoa ou grupo, é necessário que o seu processo de gestão seja modificado. As seguintes medidas, sugeridas abaixo, podem ser saneadoras:
· Criar um conselho de orquestra para decidir todo o projeto orquestra no curto, médio e longo prazo. Isso inclui repertório, datas e quantidade de concertos, bem como valores a serem pagos a solistas e maestros convidados. Desse conselho fariam parte músicos indicados pela Orquestra, membros indicados pelo GDF e membros indicados pela comunidade (Conselho do FAAC, por exemplo).
· Indicação do Maestro pelos músicos da Orquestra a partir de processo eletivo.
Essas duas medidas seriam capazes de manter a Orquestra sob controle social, evitando a sua apropriação por maestros ou grupos específicos como têm ocorrido. Seriam capazes também de proporcionar um projeto de orquestra que tenha como objetivo atender os interesses da população de Brasília e não os do maestro de plantão.
Além disso, é bom elencar algumas necessidades urgentes da Orquestra:
· Concurso público para preenchimento de vagas musicais ociosas.
· Criação de um núcleo de apoio técnico para a Orquestra.
· Criação de um núcleo de biblioteca musical e arquivo de partituras.
A OSTNCS é um pólo gerador de cultura que pode contribuir muito mais para o DF e para o Brasil com muitos projetos, para além dos concertos que já realizamos. Exemplos: gravação de CDs e DVDs de compositores brasileiros e, em especial Claudio Santoro, trilha sonora para cinema, projetos de formação de platéia e cultura musical, projetos educacionais tanto de ensino de instrumentos quanto de apoio a atividades da Secretaria de Educação.
Por tudo isso, um novo e mais democrático modelo de gestão é necessário, urgente e possível.
O fato de o atual modelo de gestão favorecer a ação de maestros em função de seus interesses pessoais é uma fonte de conflitos. Maestros tornam-se excessivamente autoritário com músicos, há um ambiente de perseguição no grupo, em que qualquer crítica à atuação da direção leva a processos administrativos e a assédio moral. Há um excesso de trabalho desorganizado. Tudo isso têm levado a situações constantes de adoecimento tanto físico (muitos casos de LER), quanto psíquico, comprovados por pesquisas da UnB, UCB e do Ministério da Saúde, que, inclusive, classificou o trabalho orquestral como insalubre.
Para que a Orquestra não seja mais destinada a servir aos interesses de uma pessoa ou grupo, é necessário que o seu processo de gestão seja modificado. As seguintes medidas, sugeridas abaixo, podem ser saneadoras:
· Criar um conselho de orquestra para decidir todo o projeto orquestra no curto, médio e longo prazo. Isso inclui repertório, datas e quantidade de concertos, bem como valores a serem pagos a solistas e maestros convidados. Desse conselho fariam parte músicos indicados pela Orquestra, membros indicados pelo GDF e membros indicados pela comunidade (Conselho do FAAC, por exemplo).
· Indicação do Maestro pelos músicos da Orquestra a partir de processo eletivo.
Essas duas medidas seriam capazes de manter a Orquestra sob controle social, evitando a sua apropriação por maestros ou grupos específicos como têm ocorrido. Seriam capazes também de proporcionar um projeto de orquestra que tenha como objetivo atender os interesses da população de Brasília e não os do maestro de plantão.
Além disso, é bom elencar algumas necessidades urgentes da Orquestra:
· Concurso público para preenchimento de vagas musicais ociosas.
· Criação de um núcleo de apoio técnico para a Orquestra.
· Criação de um núcleo de biblioteca musical e arquivo de partituras.
A OSTNCS é um pólo gerador de cultura que pode contribuir muito mais para o DF e para o Brasil com muitos projetos, para além dos concertos que já realizamos. Exemplos: gravação de CDs e DVDs de compositores brasileiros e, em especial Claudio Santoro, trilha sonora para cinema, projetos de formação de platéia e cultura musical, projetos educacionais tanto de ensino de instrumentos quanto de apoio a atividades da Secretaria de Educação.
Por tudo isso, um novo e mais democrático modelo de gestão é necessário, urgente e possível.
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