quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXVII – Cultura virou caso de polícia em Brasília?

“Quando ouço falar de cultura, pego no meu revólver”
(Goering Goebbels, ideólogo do Terceiro Reich)



Ao se levar em conta os últimos quatro anos, nota-se a total falta de uma política cultural à altura de Brasília, capital do País e patrimônio cultural da humanidade:

- Não houve um único projeto artístico-cultural para marcar história no DF;

- O sucateamento e abandono dos espaços culturais de Brasília, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Cine Brasília e o Museu de Arte de Brasília (MAB), entre outros, foi a tônica;

- A corrupção deixou marcas indeléveis, com os escândalos de superfaturamento de shows, como os das duplas sertanejas César Menotti e Fabiano, Rio Negro e Solimões, em 2008, a 1ª Virada Cultural, em 2010, e o caso da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, com o mega salário pago ao regente Ira Levin, o famoso genro da vovó da bolsa Eurides Brito.

Não é de se estranhar que o Sr. Silvestre Gorgulho, nomeado no (Des)Governo Arruda para gerir (ou seria denegrir?) a pasta da cultura, com continuidade no (Des)governinho tampão de Rogério Rosso (que se diz roqueiro, imagina!), tenha sido substituído por um ex-delegado de polícia, o Sr. Carlos Alberto de Oliveira, coroando de forma negativa e desastrosa a pior administração da Secretaria de Cultura do Distrito Federal em todos os tempos.

Mas para que a história acima não se repita, um momento para uma verdadeira virada cultural está se aproximando. Será dia 31/10/2010, quando, no 2º turno das eleições, Brasília irá de forma consciente eleger Agnelo Governador, para:

- Que a cidade tenha uma política cultural que faça jus à sua condição de capital do País e patrimônio cultural da humanidade;

- Que os vários artistas, produtores e grupos culturais brasilienses sejam dignamente reconhecidos;

- Que os eventos tradicionais do DF, como a Feira do Livro de Brasília e o Festival de Cinema de Brasília do Cinema Brasileiro, ocupem o lugar que merecem;

- Que a cultura seja entendida e tratada como processo e se constitua em um forte aliado na formação do ser humano e do cidadão brasiliense, e não seja entendida e tratada somente como evento (o que geralmente fazem os políticos de direita), ou, na “melhor” das hipóteses, como info-entretenimento.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXVI – José Serra, o Roberto Rojas da Política Nacional

“O super craque não precisa jogar bem.
O perna de pau é que tem de se matar em campo.”
(Nelson Rodrigues
)

O incidente de ontem no bairro de Campo Grande, na cidade do Rio de Janeiro, em que o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, diz ter sido supostamente atingindo por um rolo de fita atirado por um militante do PT, não passa de um grande embuste. Segundo as câmaras da rede de televisão SBT, parece, na realidade, ter sido uma bolinha de papel que acertou o postulante demo-tucano, o que nos faz lembrar o jogo Brasil X Chile, realizado no Maracanã, no dia 03 de setembro de 1989, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 90.


Qualquer semelhança...

Nessa contenda, o goleiro da seleção chilena, Roberto Rojas, vendo que o escrete do seu país não teria como reagir ao placar desfavorável de 1X0 (o Brasil jogava melhor), inventou aquela encenação toda, quando, após ter sido atirado próximo à meta chilena um sinalizador marítimo pela torcedora Rosemary Mello, o guarda-metas sacou uma lâmina de seu meião e, ato contínuo, fez um corte em sua cabeça, com o objetivo de suspender a partida e provocar uma punição de nossa seleção pela CONMEBOL - o que não aconteceu. Ao contrário: a seleção chilena foi quem recebeu punição pela simulação do goleiro.

Traçando um paralelo entre os dois embusteiros, assim como Rojas sabia que a seleção chilena não tinha futebol e nem esquema tático para vencer a Seleção Canarinho naquela tarde no Maraca, o candidato Serra e os pernas de pau do PSDB e do DEM, até o presente, não apresentaram um programa com propostas que convençam o eleitor brasileiro a não dar a vitória a Dilma Rousseff no 2º turno, dia 31 de outubro.

No primeiro tempo do returno eleitoral, que foram os dez primeiros dias de campanha do 2º turno, o ex-governador de São Paulo apelou para um jogo obscurantista, com auxílio de setores conservadores da sociedade e da igreja, e colocou em campo de forma sórdida o aborto como questão central do jogo político e da campanha. Mas como a torcida, o povo que não é bobo. Viu-se que esse tipo de firula cisca-cisca não ganha jogo, e que, por falta de um projeto consistente para o país, a coisa para o time da tucanalha, com poucas opções táticas, começou a se complicar.

Agora, no segundo tempo do 2º turno, quando os debates começaram para valer e os institutos de pesquisa indicam uma goleada a favor de Dilma e do time do Técnico-Presidente Lula, Serra, assim como Rojas, recorre ao sortilégio do objeto atirado à sua cabeça, que começou como uma pedra (site da Revista Veja) e agora já é uma bolinha de papel (SBT), para tentar virar e ganhar no grito a peleja, contando com a colaboração dos cartolas inescrupulosos, nesse caso, analogicamente, representados pela chamada “grande” mídia brasileira, que, por servir historicamente ao grande capital, não quer que o Brasil e o seu povo sigam se construindo e se afirmando, e sejam campeões no jogo das nações.

Serra, que diz gostar e entender de futebol, é torcedor do Palmeiras (pobre Verdão!) e sabe: jogador mascarado não leva o seu time a lugar nenhum.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXV - Viver não admite neutralidade

“A omissão é o maior míssel”
(TT Catalão)


Tomo hoje a feliz análise do jovem JUNIOR PERIM para tentar explicar a posição de “neutralidade” ou “independência” da candidata à Presidência da Republica pelo Partido Verde, Marina Silva, que obteve quase 20 milhões de votos no 1º turno, em relação ao 2º turno das eleições presidenciais.

Como afirmou Frei Betto, em artigo publicado no Correio Braziliense, de sexta-feira, 15/10/2010:

“Em política neutralidade é omissão. Nenhum dos aspectos de nossas vidas – da qualidade do café ao transporte que utilizamos – escapa ao âmbito da política. E Marina não veio de Marte. Veio do Acre, das Comunidades Eclesiais de Base, da escola ambiental de Chico Mendes, do PT pelo qual se elegeu senadora e graças ao qual se tornou Ministra do Meio Ambiente em dois mandatos de Lula.”


TEXTO DE JUNIOR PERIM

(Coordenador Executivo e Co-Fundador da ONG Crescer e Viver)


Amigos(as),

Acordei com um gosto amargo na boca. Me dei conta de que o povo brasileiro, em sua grande maioria, portanto, falo do povo que precisa da ação, da escala e da rede de proteção e promoção social do Estado, para além de ter que enfrentar uma elite perversa tem agora como mais novo inimigo do seu projeto de realização e felicidade, uma classe média que eu sempre pensei não ter consciência de classe.

Sempre achei que a classe média jamais quis estar de um lado específico, senão navegando ao sabor daquilo ou daqueles que apontam com a manutenção dos seus parcos privilégios. Eu me enganei, o resultado da eleição de ontem, mostra que a pequena burguesia, tomando como a exemplo a classe média do Rio de Janeiro, tem seu campo ideológico bem definido e sabe o que quer ser - a 'nova direita' do Brasil.

A 'nova direita' não se identifica com as elites que, na avaliação dela é socialmente irresponsável e ecologicamente incorreta. A 'nova direita' mora no centro urbano e defende a floresta a partir de uma experiência imaginária; não joga papel no chão mas é consumista e compra coisas com grandes embalagens; está preocupada com o aquecimento global mas não abre mão de se deslocar de carro e não está nem aí para a discussão do transporte de massa e de qualidade.

A 'nova direita' critica a, ainda, injusta concentração de riqueza e renda no Brasil mas faz discurso raivoso contra o Bolsa Família que deu acesso à renda mínima a milhões de brasileiros e brasileira com apenas 1% do PIB.

A 'nova direita' faz discurso crítico sobre ética na política e denuncia a "manipulação" do voto popular, mas é ela quem consubstancia os seus discursos e análises sociais com os argumentos e informações difundidas diariamente pela grande mídia, (re)significando frases com chavões e expressões intelectualóides.

A 'nova direita' critica a qualidade do ensino e da saúde pública, mas não têm culhões de disputar a qualificação destes serviços, porque já faz tempo migrou para os planos de saúde e matriculou os seus filhos no ensino privado.

A 'nova direita' teoriza sobre o direito de candidatura do Tiririca e não fala absolutamente nada de candidatos que se elegem com fotos do Médici na parede.

A 'nova direita' vê os malabaristas dos semáforos, mas não vê as pessoas e e as suas complexidades que estão por detrás dos objetos (claves, bolas e limões) que elas manipulam como o meio que inventaram pra correr atrás do prejuízo.

Enfim a 'nova direita' é a galera cool, educada, letrada, adequadamente vestida, frequentadora dos espaços da cidade, cheia análises sociológicas, antropológicas e estéticas dos problemas, coisas e contextos e, também cheia de projetos 'bacanas' pra resolver tudo de uma maneira light que não afete os seus interesses e nem os interesses das elites, onde ela espera estar em algum dia.

Eu não tenho dúvida que a 'nova direita' votou na Marina Silva e inviabilizou a eleição da Dilma no primeiro turno. Mas o pior disso é que tenho um montão de amigos e amigas que foram surfar na onda verde e nem se deram conta de que ela leva à praia particular da 'nova direita'. Por isso escrevi estas linhas, com a esperança de que eles se salvem de um 'caldo' no mar de um projeto político que fez muito mal ao Brasil. Pensem porque o que está em jogo agora é o resgate da era FHC ou a continuidade do projeto de sociedade iniciado pelo Lula que nem de longe responde ou dialoga com o que busca a 'nova direita'.

Junior Perim

http://twitter.com/JuniorPerim

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXIV - Com Serra, concurso público já era!

“Se muito vale o já feito/Mas vale o que será/
E o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir”
(Milton Nascimento e F. Brant)


A despolitização e desqualificação do debate político no 2º turno por parte da direita, representada pela candidatura de José Serra, do PSDB, à Presidência da República, é uma estratégia proposital e desesperada, articulada com a grande mídia (porta voz maior dos interesses do grande capital financeiro e privado em nosso país), que faz com que vários assuntos importantes e temas críticos passem despercebidos por uma considerável parcela do eleitorado, como, por exemplo, o funcionamento da máquina estatal, no qual se inserem questões relativas aos concursos públicos.

Para os que ainda não se ligaram à lógica tucana neoliberal, para os quais governar passa pela instauração do Estado mínimo (que para eles é o máximo de privatizações, de lucros e desempregos, é claro!), o que significa a redução substancial de funcionários de carreira nos órgãos públicos, substituídos por terceirizados, e pela diminuição drástica na realização de concursos públicos para preenchimentos de vagas no governo federal. No caso de Brasília é só lembrar e comparar como essa questão foi tratada pelos governos FHC e LULA.

Foi graças a Dilma e ao governo do PT capitaneado por LULA que o serviço público ganhou importância, contratando, mediante concursos, com salários dignos milhares de jovens e adultos que, sem a perspectiva do serviço publico, sobretudo no Distrito Federal, trabalhariam por salários abaixo da média, em serviços terceirizados, para empresários que cobram por até 12 horas de dedicação ao trabalho, ou, em outros termos, superexploração.

Foi o fortalecimento do Estado, com seus funcionários e seus salários, um dos motivos do dinamismo da economia nacional, que evitou o Brasil de cair na crise mundial, pois o mercado interno se manteve aquecido e isso colaborou para que a economia brasileira não sofresse tanto desgaste durante a recessão.

Caso Dilma seja eleita, você acha que ela vai parar com os concursos públicos? Claro que não! Quanto ao Serra, do PSDB, e a turma do DEM, não podemos afirmar o mesmo.

Por isso, pela qualificação do serviços públicos; pela manutenção e ampliação dos concursos públicos: vote Dilma, Presidente!

E parafraseando MARX: contra Serra e a turma do DEM, concurseiros de Brasília e de todo o Brasil, uni-vos!

Pílula Ideológica XXIII – O aborto em massa de uma sociedade sem direito à vida

"Se queres sacar da vida felicidade, a contento,
auxílio em favor dos outros é o melhor investimento”
(Vivita Cartier)

Anteontem, 13 de outubro de 2010, às 10h50, eu estava na Praça do Bicalho, em Taguatinga, conversando com um casal de amigos, William Reis e Maristela Papa, quando fomos abordados por um “pesquisador”, ou melhor, “indutor”, o Sr. Júlio César Silva, do Instituto Soma (o diretor de pesquisa, presidente e dono do referido instituto é o ex-Secretário de Planejamento do (Des)governo Arruda, Sr. Ricardo Penna, que sempre soma para a direita, é claro), que se dirigiu a William com as seguintes perguntas:
a) Em quem você votaria para Presidente no 2º turno?
R: Não sei, estou indeciso.
b) Em quem você votou no 1º turno para Presidente?
R: No Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL.
c) Em quem você votaria para Governador do DF no 2º turno?
R: Em Agnelo Queiroz, do PT.
d) Você votaria em candidatos que defendem o aborto?

Logo, tomei a frente e questionei o “indutor”, com uma saraivada de indagações:

1ª) Isso não é pesquisa; é tentativa de indução, você não acha?

2ª) No mundo hoje há UM BILHÃO de pessoas morrendo de fome. Você não acha que essas pessoas estão abortadas do direito a vida, assim como milhões de desempregados e seus filhos mundo afora?

3ª) E as milhares de crianças e jovens que “vivem” jogados pelas ruas do nosso país, não estarão também abortadas do direito de viver, e tendem a aumentar esse aborto, se tivermos de volta a implementação das políticas neoliberais representadas pelo Sr. José Serra do PSDB (Brasil) e pela Sra. Wesliam Roriz do PSC (DF)?

- Meu amigo, enquanto tivermos uma sociedade capitalista monopolista, sem políticas socioeconômicas distributivas e inclusivas, a maioria da sociedade brasileira e planetária com certeza estará abortada da vida.

O pesquisador alienado, em um espécie de ato falho, respondeu cabisbaixo: "Esse é o trabalho que estou fazendo".

Quando rebaixamos a discussão política a falas moralistas e sem nenhuma investigação ética, podemos ter certeza que ainda nos encontramos mentalmente na Idade Média. E isso só interessa para as elites e para setores anacrônicos da Igreja, para quem Galileu Galilei, depois de provar, no século XVII, que a Terra não era o centro do universo, só a pouco tempo mereceu o perdão papal.

Contra qualquer forma de aborto e pela vida plena, a socialização dos meios de produção é a redenção. Agora, pergunte à direitosos de plantão, e a padres e pastores donos de igrejas milionárias e de colégios Maristas, Salesianos, Adventistas e Universidades Mackenzies e Católicas da vida, com suas mensalidades “baratinhas”, se eles são a favor de mudanças radicais e estruturantes?

R: Nosso Senhor, rogai por nós!

domingo, 3 de outubro de 2010

Agradecimento a você, que fará a diferença em 3 de outubro



Obrigado,

Pelos apertos de mão,

Pelos afagos,

Pelo carinho,

Pela companhia amiga,

Pelas palavras que ajudaram a não esmorecer nesta longa caminhada!

E para você, que acredita, que, sim, há um caminho para dignificar a nossa existência e humanizar a nossa vida, desejo uma boa votação no domingo, com consciência e discernimento.

Saudemos, enfim, a festa da democracia!

Ética e Cultura para Mudar as Estruturas!

Um fraternal beijo e afetuoso abraço!







Marconi Scarinci


Por Leo Feijão



"Se eu tivesse que escolher uma única obra, um único artista,

uma única coisa para levar desse planeta,

eu levaria comigo a obra completa de Johann Sebastian Bach,

esse é o meu grande ídolo, com todo respeito a Shakespeare,

a Fernando Pessoa, a Carlos Drummond de Andrade..."

(Marconi Scarinci)


Já dizia o grande violonista Gamela: "Os afins buscam os afins". E foi dessa forma que conheci meu grande amigo Marconi Scarinci, quando era diretor cultural do SESI e eu ainda assistente de palco. Marconi parecia gostar mais de conversar com faxineiros e seguranças do que com o alto escalão do SESI. Eles falavam a mesma linguagem de Marconi, o jeito do povo ver o futebol, "que é totalmente diferente da classe mediana"; o jeito criativo, simples e alegre de viver a vida cativava Marconi. Em tempos de chuva quando o SESI se alagava, Marconi ajudava os companheiros da faxina pegando o rodo, enquanto os diretores ficavam apenas olhando. Marconi pensa dessa forma, pensa no outro, pois ele mesmo fala "se as pessoas soubessem um pouco de física quântica, seriam menos individualistas e egocêntricas". Marconi é,um cara simples, um cara que se sente melhor nas feiras matinais de domingo do que em shopping center.

Marconi tem uma caracteristica muito própria e muito interessante, a qual eu admiro muito, que é o seu ecletismo cultural. Marconi conversa com hippie, com burguês, metaleiro, chorão, cartesiano, macunaímico, esquerda, direita, cristão, ateu, boêmio e protestante. Ele está em todo lugar e ao mesmo tempo não está. Ele tem credencial para entrar em todos as tribos mas não faz parte de nenhuma. Marconi é um ser cosmopolita. É um homem que consegue ver a beleza no heavy metal e no samba, em "2001 - Uma Odisséia no Espaço" e em "A Dama da Lotação", na Bíblia e no Alcorão.

Outra grande caracteristica de Marconi é ser o amigo que ele é das pessoas e de acreditar nelas. Várias e várias vezes eu ja vi Marconi se sacrificando para ajudar, mas acho que nessa campanha Marconi pode ver realmente quem são seus verdadeiros amigos. E eu de perto pude ver quem são os verdadeiros amigos de Marconi, pessoas que antes precisavam de Marconi para apoiar seus projetos, e, além desses, outros interesses, ligavam insistentemente, e quando a história se inverte e no quadro atual, é Marconi quem precisa deles, o telefone não toca mais. Como disse Confúcio: "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela dificuldade". No sucesso, verificamos a quantidade e, na dificuldade, a qualidade. E digo mais, amigo é aquele que ajuda na sua totalidade, plenitude na íntegra, e não aqueles que ajudam com migalhas de amizade, apenas ajudam quando sobra um restinho de tempo e quando não tem que ter esforços. O mais interessante foi que nessa campanha as pessoas que mais ajudaram Marconi não fazem parte do PT, com mínimas exceções.

E a maior qualidade de Marconi além de sua honestidade e coragem é o homem erudito que é. Marconi conhece de cinema, música, teatro, literatura como poucos nesse país. Acho que se tivesse mais uns 3 "MARCONIS" em Brasília ou a cidade iria tomar o rumo certo ou teríamos uma revolução,p orque é impressionamente como Marconi consegue canalisar sua ansiêdade para o lado bom.Pois ele transforma sua inquietude em matéria, em acontecer, se penso logo existo, se existo logo faço. Um Marconi é igual a dois. Quem conhece ele sabe do que eu estou falando. E pode ter certeza, Marconi, de que eu acredito que você irá ganhar essas eleições, mas se você perder, você será o único perdedor vitorioso, pois você não se vendeu, por ter andado ao lado da ética, por não ter sujado a cidade, por dizer não a poluição sonora, por não vender os seus princípios.

E para as pessoas que substimaram sua campanha, puderam perceber que com o pouco se faz muito, e o ponto alto da sua camapanha foi quando você reuniu Agnelo e vários artistas e lideranças da cidade para que assinasse a pauta de revindicações dos artistas, classe tão desvalorizada na nossa cidade. Nesse evento você fez um discurso, no qual falou sobre a sua paixão pelo Botafogo, pelo cinema, e a assume publicamente o seu amor incondicional a Johann Sebastian Bach, provando que ninguém melhor do que você para defender a cultura da nossa cidade.

Por último quero agraecer a todos que ajudaram na campanha do Marconi, pessoas como Fernado Carmagos, que fez a maioria das filmagens; Professor Roberto, do Colégio Ideal; ao Daniel Pereira; que esteve desde o começo com Marconi; David Matarolli, que trabalhou na construção do site do Marconi e, também desde o começo, ao Leovane, Anibal, a Soraya Scarinci, que também nos ajudou; ao grande Werneck, que esteve dirigindo para Marconi; Afonso Galvão; Paulo Ribeiro; Chico Simões; Telmo Ribeiro; Getulio Peixoto; Marcelo Pitty; Hildete Ranthum, enfim, a todos que ajudaram de uma certa forma, o nosso muito obrigado.

Abraço a todos,

Leonardo Monteiro "FEIJÃO"

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXII – Pela valorização dos trabalhadores que auxiliam as artes


“A cegueira de gente que não vê gente é traumática, causa angústia.
A cegueira de gente que não vê gente dispara humilhação.
A humilhação pode ser determinada como cegueira pública,
pode ser determinada segundo a experiência de não aparecer
como gente estando no meio de gente.”
(COSTA, Fernando Braga.
Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social.
São Paulo: Globo, 2004)

Quando assistimos, a uma peça de teatro, show, concerto, filme, espetáculo de dança, circense ou vamos a uma exposição, ou ainda a uma biblioteca, só lembramos, na maioria das vezes, das obras que assistimos, vimos ou lemos e dos artistas que as idealizaram. Mas quase nunca nos lembramos daqueles que por detrás das coxias dos teatros, sets de filmagem, salas de cinemas, galerias de exposição e bibliotecas são corresponsáveis pela realização da vida cultural das cidades. Trabalhadores como cenotécnicos, iluminadores, sonorizadores, arquivistas, bibliotecários, camareiras, maquiadores, projecionistas, bilheteiros, auxiliares de bibliotecas, administradores de espaços culturais e seus assistentes de serviços gerais.

Esses trabalhadores são muito pouco valorizados e reconhecidos quando se fala em cultura. Uma política cultural séria, em qualquer lugar do mundo, passa objetivamente pela valorização inestimável desses profissionais, tanto os que labutam nos espaços culturais públicos quanto privados. É preciso que se crie em Brasília uma escola para a formação e qualificação de profissionais que auxiliam as artes. É preciso que várias dessas profissões sejam reconhecidas e regulamentadas por lei. É preciso, mais do que urgente, que, para os espaços pertencentes à Secretaria de Cultura do DF, se realizem concursos públicos para preenchimento de vagas em aberto e para renovação de seus quadros. É preciso ainda que se formulem planos de cargos e salários decentes, reconhecendo a suma importância desses técnicos para o fazer artístico e cultural.

Os artistas, amantes das artes e público em geral, agradecem. Por mais lindo que seja uma obra de arte ela só se realiza porque o trabalho é social e cooperativo. E no mais das vezes, sobretudo no capitalismo, com divisão social injusta.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

POEMA - Marconi Scarinci, por Paulo Kauim

MARCONI SCARINCI

ele é a única estante
que atravessa a rua
( há tantos livros
e saberes dentro dele )

marconi é uma vereda
em nossas vidas
( travessia )

ele é apolíneo
solar

vai de mestre salustiano
à fernando pessoa

de villa lobos
até paraibola

todos os políticos nesta derradeira hora
dizem-se puros, limpos, honestos
porém marconi transcende a tudo isto
ele
vai além do bem e do bem
ele
vai além do mal e dos malas

para mandar os malditos embora
necessitamos do marconi

ele
pensa
no
clã
na
tribo
no
beijo
no
coletivo

a voz de marconi
é de um deus doce

sua fala é de uma pessoa
que baila

seu ser: pletora de luz em demasia

tudo nele
transborda felicidade
e leveza

ele é o meu milton santos
meu garrincha
meu mário pedrosa
meu gorbachev
meu marcel do basquete

tudo que li de mais sublime
para a cultura de nossa cidade
foi pensado e escrito por ele
( e tudo capaz de ser feito )

somos amigos há quase 30 anos.
Seu existir nos engrandece enquanto brasileiros
e a sua garra chuta esse complexo de vira-lata rodrigueano

marconi é um homem saído
das páginas de um livro do gilberto freyre,
sérgio buarque de holanda
ou do euclides da cunha

uma grande virtude sua
é conseguir unir
reflexão com atitude

marconi é nossa poesia de cada dia
ele é aquela ternura na fala do che

aqui não falarei de sua participação central
no movimento cultural de taguatinga
ainda sob as botas e o hálito verde da ditatura militar

não falarei da sua militância como estudante secundarista
desenhando no quadro negro
novas falas e horizontes

não falarei dele
como pedra fundadora
do partido dos trabalhadores
em taguatinga

não vou falar
sobre seu trabalho
no rio cine festival

não falarei de sua agenda
no temporada populares

nosso amor - glauber
em uma de suas cartas do exílio
dizia que a poesia e a política
não são demais para um só homem
(embora em terra em transe
o personagem paulo teria dito o contrário )

sem grana
fez sua campanha
usando as novas tecnologias

é com amor
que posso afirmar: marconi agora é humano, demasiado pós-humano


AXÉ


seu mano


paulo kauim

Para uma Capital Nacional da Cultura!


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CONVITE - Festa de encerramento da campanha "Marconi 13800"


Segue o mapa do local.

Sobre a imagem equivocada que meu amigo Romário Schettino faz de mim...

Em 29 de setembro de 2010 00:50, romario schettino <1040025056820556875@mail.orkut.com> escreveu:

Olá,
Há uma nova resposta para a sua mensagem.

romario:
Minha distrital é Arlete Sampaio - 13113 - Marconi é gente boa, mas não para ser deputado. Ainda falta muito para chegar a esse patamar.


REPERCUSSÃO 1


Em 29 de setembro de 2010 00:56, Suene SS <8099003942876315775@mail.orkut.com> escreveu:

Suene:
Meu candidato é Marconi, sempre. Creio mesmo que fala a Arlete e a tantos outros a inteligência, cultura, carisma, carinho, sinceridade, caráter e sobre tudo humanidade de Marconi


RÉPLICA


Meu caro camarada,

Sentimos a sua falta no almoço que organizei no dia 24/09/2010 com os principais representantes dos músicos da Orquestra Sinfônica (OSTNCS), dos cineastas e livreiros brasilienses, juntamente com nossos candidatos majoritários, em um dos maiores eventos de celebração e atos de afirmação da classe artística nesta campanha.

Ora, causou-me grande perplexidade a sua declaração. Destoa e contraria, aliás, a sua descrição no perfil do Orkut: "solidário"... "Amigo"...

Para quem é que "falta muito para chegar a esse patamar"? Certamente, não é a Arlete, companheira de luta, honrada e digna, nem eu, que, durante 30 anos de trajetória de militância política, angariei, modéstia à parte, uma legião de amigos leais*, que hoje são entusiastas da minha campanha.

Admito e tenho a plena consciência de que sou humano, demasiadamente humano, e que preciso superar muitas imanências. Entretanto, acredito que estou no rumo certo, opinião esta atestada pelos meus companheiros de jornada, tanto de real, efetivo, duro, árduo e extenuante combate ideológico quanto de vida. Confira, a esse propósito, o desabafo de Afonso Galvão (OSTNCS), em http://marconi13800.blogspot.com/2010/09/declaracao-de-apoio-afonso-galvao.html, que nos brindou com um magnífico texto sobre a chance que temos neste pleito de recuperar o Partido dos Trabalhadores das origens, de princípios, ético, combativo e compromissado com o socialismo democrático, em oposição, por exemplo, aos "janotinhas"/"almofadinhas" que se aboletam nos gabinetes durante 4 anos, descolando-se da realidade, e que, durante a época eleitoral, travestidos de paladinos do bem, do bom e do belo, fingem, astuciosa e oportunisticamente, militância, com o fito de conseguir se perpetuar no poder pelo poder, ávidos por um "carguinho" ou prebenda, para manter o seu "status"; veja, ademais, as dezenas de depoimentos, entre grandes personalidades do meio cultural e político, inclusive nossos futuros senadores Cristovam Buarque e Rodrigo Rollemberg, e, é claro, próximo governador, Agnelo Queiroz, e outros ilustres anônimos, mas não menos valorosos, em meu blogue e Orkut, relatos que vão de encontro a sua ilação precipitada, conclusão leviana. Lá você poderá se informar melhor e, quiçá, formar outro juízo de valor sobre mim...

Até a vitória!

Marconi

* Ah, agora sim entendo o porquê do seu desdém. É mesmo... Esta virtude, este traço nobre de caráter estranhamente não consta da descrição do seu perfil no Orkut... Ato falho?...

REPERCUSSÃO 2

Em 29 de setembro de 2010 09:56, Suene Soares da SIlva escreveu:

Marconi você é o melhor... linda crítica.
O humorista Bruno Mazzeo, filho de Chico Anízio, disse que tem um projeto de vida que se chama: Quero ser Selton Melo, eu o parafrezeando digo que meu projeto é bem semelhante, e chama-se:
QUERO SER MARCONI SCARINCI

Abraços

Até a vitória

Suene Karim
Militante Marconista

Em 29 de setembro de 2010 10:19, Rafael Oliveira escreveu:


Oi pessoal, bom dia.

Sem demérito a nenhum(a) companheiro(a), fiquei curioso para saber a qual patamar o Romário Schettino faz referência para desqualificar a candidatura do Marconi.

Se for o patamar financeiro, com toda certeza falta muito para o Marconi alcançar o patamar da Arlete que sem duvida faz uma das mais ricas e caras campanhas do PT a CLDF, e só comparar as prestações de contas que estão no site do TSE.

Sou testemunha que o Marconi tem feito uma campanha de militante petista, resgatando o debate político e as bandeiras históricas do PT.

Talvez se tivéssemos mais militantes com a mesma disposição do Marconi, não teríamos chegado a beira da encefália política que ronda o PT/DF e nem teríamos nos juntado a figuras outrora ingratas a nossa companhia.

Força na luta Marconi, tua candidatura é motivo de orgulho e esperança para aqueles que acreditam nos ideais da esquerda socialista.

Saudações aos que lutam,

Rafael Oliveira

Enviado através do meu BlackBerry® da Nextel

Date: Wed, 29 Sep 2010 10:29:55 -0300
Subject: Re: Sobre a imagem equivocada que meu amigo Romário Schettino faz de mim...
From: chicosimoes@gmail.com

Compa Romário, a julgar pela história de vida da maioria dos deputados distritais e dos candidatos nessa eleição, posso afirmar que falta muito a eles para chegarem ao patamar (sic) de Marconi. Por isso o escolhemos para nosso candidato, para que se eleito, apesar de tantas restrições internas ao PT, ele possa elevar o patamar (sic) da política feita em Brasília. Cultura é Educação não é apenas um slogan de campanha, é uma prática na vida de Marconi. Sin perder la ternura, jamas! Chico simões com MARCONI 13800

POR FALAR NISSO, SEXTA FEIRA DIA 1 DE OUTUBRO AS 20h vamos fazer uma rode de prosa com Marconi aqui em casa http://www.mamulengo.org/contato (veja o mapa). Bem vindo@s!



Em 29 de setembro de 2010 10:36, Elimar - Caranguejo escreveu:

Faço das minhas palavras as do Chico Simões.
Caranguejo é Marconi 13800, Cultura é Educação quem segue esse cortejo...


Elimar - Caranguejo
Blog- culturadigital.br/elimarcaranguejo


Date: Wed, 29 Sep 2010 15:30:50 -0300
Subject: Re: Sobre a imagem equivocada que meu amigo Romário Schettino faz de mim...
From: m1000tin@gmail.com
To: secretaria-de-cultura-do-pt-df@googlegroups.com


A quem interessar.

Conheço o amigo, companheiro Marconi a quase 13.800 anos. Íntegro, honesto, comprometido, guerreiro, solidário. Pensar, formula, intervém com coerência.O Marconi além de muitas outra qualidades, é um ser humano que oPTou pela militância politica/CULTURAL e que concerteza legislará em pro do bem está da nossa cidade.

PRECISAMOS SABER QUAIS OS OUTROS DEGRÁUS QUE MARCONI PRECISA SUBIR PARA CHEGAR AO PATAMAR DO ROMÁRIO.
NÃO, MARCONI, CHEGAR A ESSE PATAMAR NÃO É SUBIR, É DESCER!
ACREDITO EM VOCÊ MARCONI 13.800!

Miltinho Alves
Curta arte!

Date: Wed, 29 Sep 2010 17:16:58 -0300>

From: romario@abordo.com.br>

Subject: Re: Sobre a imagem equivocada que meu amigo Romário Schettino faz de mim...> >

Miltinho,

Não se abespinhe, o Marconi é ótimo, tomara que se eleja. Foi só um comentário. Alás, um comentário sem nenhuma importância. Eu não chego a ser um eleitor que mereça tanta atenção.

romario



O comentário do funcionário da Candidata Arlete é de uma indelicadeza digna de um ente Burguês.
Esse comentário é o mesmo que o Lula recebeu durante toda a sua trajetória, Diziam que um operário
não poderia nunca ser presidente do Brasil, a história esta mostrando o contrário.
Cadê o conselho de ética do PT ? O cometário do senhor R. tem q ser examinado pelo conselho de ética. É um comentário que tenta desqualificar o camarada Narconi, é essa desqualificação tem um intenção: impedir o direito que qualquer militante tem de participar da vida politica do nosso partido.
Voe alto Marconi, eles querem nos tirar tudo, até o direito de sonhar

paulo cac

Olá Marconi,

Parabens pela campanha, digna de um petista original, não esses falsificados que estão por aí, eu só tenho um candidato, é
você para distrital, um filosofo na Cãmara Legislativa me da a esperança de uma Brasília mais humana, íntegra.

Êu também sou marconista!!!

VALTER DA SILVA
EX. PRESIDENTE DA CÂMARA DO LIVRO

Marconi,

Você é hoje, disparado, o melhor nome do PT, do ponto de vista ético, moral e intelectual para ser deputado distrital.Tenho imenso orgulho de ser seu eleitor. Você é o único nome que, se eleito, poderá resgatar o caráter da desmoralizada Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Eu não sei nem quem é esse tal de Romário, mas certamente não sabe o que diz.


Paulo Guilherme
Militante do PT desde 1981.

Olá Marconi,

Você é meu candidato distrital e, espero que chegue lá com uma bela vitória em resposta aqueles que deveriam ficar calados!
Dia 3 de outubro vc é meu primeiro voto 13800!
Bjos
Giselle

Amigo Marconi
Como sabes conheço neste DF meio mundo e a ti a muitos anos, sem desconsiderar qualquer outro candidato, com a convicção plena de que meu ponto de vista não é injusto, considero que, pelo teu
perfil de caracter integro, trabalhador, conhecedor das necessidades da cultura deste DF poucos candidatos reúnem tantas qualidades como as que tu reúnes para representar nos na Camara
Legislativa.
Acredito que a pessoa que comentou "que ainda falta muito para chegar a esse patamar" ou não te conhece ou não entende nem de política ou de patamar.....
Canalize tua energia para a tua vitória ( que é nossa é da Cultgura do DF) e deixa as pedra para trais, pois elas são apenas pedras com estão estagnadas só servem para dares uma topa que te levara
mais rápido ao teu propósito maior .
Que a tua estrela brilhe cada vez mais e te impulsiones para a vitória final
Fraternal abs.

Jorge Marino

Fala garoto,

Felizmente pessoas que fazem a diferença como você, comprometidos com a evolução e o bem comum, não podem nem devem se abalar com comentarios infelizes e desinformados como este.

Forte abraço e até o dia 3.

Prof. Gilmar Luis

Caro Romário,

A vida é sempre surpreendente. Logo de você companheiro eu não esperava isso. Um sujeito inteligente, inclinado a ironias finas, falar uma bobagem dessas!!! Acho que o nosso amigo Chico Simões e o próprio Marconi responderam adequadamente. Subscrevo.Quero só acrescentar que Arlete e Marconi não são auto-excludentes, são complementares. Não competem ou não deveriam competir entre si. Da próxima, pense mais. O texto, quando é só intuitivo, pode trair a intenção da mensagem (quero ser generoso com alguém sobre quem tenho a melhor das opiniões e quero continuar tendo).

Com um abraço, Afonso

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO - Afonso Galvão

Caras e caros amigos,

Voto no Marconi pela certeza do seu compromisso com a ética e com novas práticas políticas, além do seu compromisso de vida inteira com a cultura. Também penso que cultura é a educação. O Marconi é o candidato da Cultura do PT. Conheço Marconi há 30 anos e sei que estes compromissos antes de serem orientados pela lógica do pensamento (o que este filósofo inclusive faz muito bem), são orientados por princípios que norteiam a sua ação no mundo e que formam a sua personalidade reta. A necessidade de se repensar as práticas políticas brasileiras não excluem o Partido dos Trabalhadores. Embora o Governo do companheiro Lula seja um sucesso e tenha proporcionado avanços sociais significantes, houve escorregões éticos, alianças difíceis de explicar, sérias denúncias de corrupção, além de imposições no plano político que nos levam a crer que a noção um tanto maquiavélica de que os fins justificam os meios tem orientado as decisões maiores do Partido.

Em 1980, Marconi e eu, então adolescentes em Taguatinga, junto com muitos outros companheiros, fazíamos a campanha inicial de filiação ao PT para que este pudesse se registrar como partido. O sonho de um partido ético, justo e por isso mesmo diferente, motivava as nossas açoes. Um Partido formado por sindicalistas do ABC, professores da USP e padres das Comunidades Eclesiais de Base nascia diferente e, por isso, particularmente confiável.

Nunca ocupei cargos em governos do PT. Não mais digo isso com orgulho. Se eu e outros companheiros sem ambições de poder pelo poder, que pensam que o poder é apenas uma oportunidade de poder servir, incluindo o Marconi, tivéssemos ocupado cargos e lutado por atuar em instâncias partidárias maiores, poderíamos talvez ter ajudado a evitar alguns deslizes éticos que têm sido cinicamente justificados em função de se ganhar as eleições, conseguir governabilidade, essas coisas (nessa campanha, campanha, tenho ouvido muitas vezes de poderosos do partido a frase 'a gente ganha as eleições, depois a gente ocupa o espaço). O oportunismo é sempre uma tese terrível. Fez o PT perder muitos companheiros de grande qualidade. Perdeu o Professor Cristovam Buarque, que dispensa comentários, mas perdeu também o Astral, menos famoso, mas não menos importante. Sobre isso, o Marconi enfatizou, em recente almoço com o Agnelo: se eleito, coloque quadros competentes na administração pública. Não privilegie militantes incompetente. Em outras palavras, não se deve ocupar o Governo para fazer dele um cabide de empregos para a militância e, muito menos, acrescento, para facilitar negócios com supostos simpatizantes. A regra justa é o que deve prevalecer. Sobre isso, indico à classe polÌtica a leitura atenta do livro 'A Regra de São Bento', texto do ano 1300, com ensinamentos bastante pertinentes. Bravo Marconi!!!

Continuo no PT porque acho que todo cidadão deve se vincular a um partido político, isto é um ato de cidadania, e porque acho que o PT ainda consegue, cambaleando, mas consegue, ser o menos pior dos partidos. Mas estou com os olhos bem abertos.

Talvez o Marconi seja um D. Quixote, ou alguém cujas características pessoais o tornariam mais adequado ao parlamento dinamarquês do que ao nosso. O que me faz votar no Marconi é a certeza de que ele, como eu e muitos outros companheiros do Partido que se calam por talvez não terem estômago para suportarem as justificativas porcas de certas decisões do PT. Nunca iremos aceitar a naturalização da corrupção, do desvio ético, do trato menos que perfeito com o dinheiro público. Subjacente a este raciocínio está a idéia de que toda vez que um ato de corrupção dá certo, ele ajuda a matar uma criança, a matar o Brasil. Por isso tudo, vote Marconi, 13800, pois, adaptando uma frase que vi em um e-mail do colega Ricardo Mariz, novas práticas políticas são necessárias, urgentes e possíveis.


Afonso Galvão é Mestre e Doutor em Psicologia Educacional pela Universidade de Reading - Inglaterra, Professor dos Programas de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica de Brasilia e músico violoncelista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cola para o dia da votação

Para Deputado Federal, seu segundo voto, escolha um dos seguintes companheiros:

Érika Kokay - 1331

Magela - 1313

Paulo Tadeu - 1310

Policarpo - 1322

DECLARAÇÃO DE APOIO - Paulo Sérgio Pecê

Amigos Artistas,

Nós, profissionais da arte e da cultura, somos, tradicionalmente, uma classe sem voz nas três esferas públicas, em âmbito federal, estadual e municipal (no nosso caso, distrital). Neste pleito de 2010, dentre as muitas opções para deputado distrital, há um candidato que considero plenamente capaz de livrar-nos dessa afonia. Trata-se de Marconi Scarinci (13.800), filósofo e ativista cultural, com o qual já tive o privilégio de trabalhar em alguns projetos e cuja bagagem cultural, sensibilidade artística, capacidade retórica, competência empreendedora, postura ética e integridade moral posso atestar com a segurança de quem o viu em ação.
Envio em anexo o seu panfleto eletrônico como sugestão para votarmos, isento de qualquer outra intenção que não seja a luta pela valorização e o reconhecimento dos profissionais da arte por parte do poder público. Divulguem-no e apoiem-no!

Atenciosamente,

Paulo Sérgio Pecê

A Grande Lei da Cultura

domingo, 26 de setembro de 2010

Fala, Marconi!

Para além dos 3 segundos da propaganda eleitoral de TV, nosso candidato a Deputado Distrital discorre histórica e conjunturalmente acerca da cultura no DF e apresenta suas propostas de mudança estrutural, entre outros temas afins







Pílula Ideológica XXI - TV Brasileira - 60 anos: comemorar ou chorar? O que fazer?

“Uma notícia tá chegando lá do Maranhão/
não deu no rádio, no jornal, ou na televisão...
A novidade é que o Brasil não é só litoral/
é muito mais, é muito mais que qualquer zona sul/
Tem muita gente boa espalhada por esse Brasil/
que vai fazer desse lugar um bom país”.
(Milton Nascimento e Fernando Brant)

“(...) a realização plena e qualificada da televisão pública brasileira
é uma das agendas estratégicas para o desenvolvimento cultural do Brasil
e a consolidação de um país socialmente justo,
antenado nas forças criativas do povo brasileiro.”
(Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, no I Fórum de TVs Públicas, em 2006)


A Televisão Brasileira está comemorando 60 anos de existência neste ano.

Infelizmente muito pouco temos a comemorar, em se tratando de um veículo de comunicação que deveria cumprir sua missão precípua de colaborar para formar uma melhor consciência estética, crítica e cidadã, o que, a depender das chamadas Tvs abertas, comerciais e privadas, que, diga-se de passagem, são concessões públicas, deixam a desejar – baixo nível constatado pela campanha “Ética na TV – Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania!”.

Você já viu ou assistiu apresentações, espetáculos, filmes, shows ou concertos de artistas locais nas grandes emissoras da TV brasileira (Globo, Band, SBT, Record, Rede TV), por meio de suas retransmissoras na capital do País? A resposta é um sonoro não! Quando são lembrados ou aparecem, são naquelas agendas meia boca dos telejornais locais, tipo DFTVs da vida, que, sinceramente, dá vontade de chorar. Isso é muito, mas muito pouco mesmo para uma cidade que é referência nacional no cinema, no teatro, na dança, na música, na cultura popular, nas artes visuais e na literatura.

Já passa da hora de Brasília, a exemplo de São Paulo (TV Cultura), Minas (TV Minas) e Rio de Janeiro (TVE), entre outros estados brasileiros que contam com canais universitários, comunitários, legislativos, educativos e culturais, constituir a sua TV Pública, reproduzindo, em nível distrital, o que a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) vem desenvolvendo em âmbito nacional, para que a produção cultural do DF possa ser melhor divulgada e difundida.

Também já passa da hora de se regulamentar, nacionalmente, a lei que regionaliza as programações de televisão, para que os artistas locais tenham trabalho e reconhecimento. Embora o artigo 221 da Constituição Federal estabeleça que as emissoras devam atender ao princípio da “regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei”, até hoje essa obrigação não foi regulamentada. Desde 1991, há um projeto de lei em debate no Congresso Nacional sobre o assunto, mas, por conta da pressão dos donos das emissoras de TV, ele até hoje não foi aprovado.

Afinal, o Brasil é muito mais do que querem fazer crer os grandes conglomerados da TV Brasileira. Existe vida, e vida inteligente, além do eixo Rio-São Paulo.

Marconi promove encontro entre artistas e candidatos ao GDF e Senado pela Coligação Um Novo Caminho

Agnelo: “Tenho o sonho de transformar Brasília na capital da leitura”


O candidato da coligação Novo Caminho ao governo do DF, Agnelo Queiroz, almoçou, hoje, com livreiros, cineastas e músicos da Orquestra do Teatro Nacional. O encontro reforçou o compromisso do candidato petista ao Buriti com o setor cultural da capital.

Diretor da Associação dos Músicos, Afonso Galvão, lembrou as duas principais reivindicações da Orquestra de Brasília: “Queremos pode indicar o próximo maestro e que a Orquestra tenha seu próprio conselho formado por representas do Governo e da área da cultura.” Agnelo lembrou a importância da filarmônica para a cidade: “A nossa Orquestra é um orgulho e uma referência nacional e merece todo nosso carinho e incentivo.”

Ao lado de Cleide Soares, representante da Arca das Letras, o candidato lembrou ainda importância de incentivar a leitura na cidade. Agnelo recebeu o pedido de resgatar as bibliotecas e investir na volta de projetos como a “Mala do Livro” e afirmou: “Temos que refazer nossas escolas. Tenho o sonho de transformar o DF na capital da leitura neste país. Estimulando a leitura, estaremos resolvendo muitos problemas da educação.”

Conheça as 13 propostas de Agnelo para a Cultura:

1 – Criar o Sistema e o Plano Distrital de Cultura inserindo o Distrito Federal nas políticas do Ministério da Cultura.

2 – Descentralizar as ações incorporando as Diretorias Regionais de Cultura (DRC) ao Sistema Cultural.

3 – Reestruturar o Conselho Distrital de Cultura e efetivar os Conselhos Regionais eleitos nas Conferências.

4 – Realizar as Conferências Regionais e Distrital a cada dois anos.

5 – Revitalizar a Secretaria de Cultura para a administração dos bens e equipamentos culturais públicos do Distrito Federal.

6 – Democratizar e dar transparência aos recursos públicos através de prêmios e editais.

7 – Implantar nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura garantindo a aplicação de 0,3% da receita líquida corrente do DF e a criação novos mecanismos de financiamento.

8 – Ampliar os Pontos de Cultura em todas as cidades do DF e Entorno.

9 – Criar parcerias com o terceiro setor e com o movimento cultural organizado para gerir os equipamentos culturais e difundir esforços tanto nas áreas de música, artes plásticas e literatura, como também nas áreas de dança, teatro e cinema.

• Restaurar o Projeto Temporadas Populares.

• Reformular a Feira do Livro, integrando-a a rede pública de ensino.

• Implementar o Projeto Poesia Viva nos Ônibus e Metrô.

• Criar o Memorial Renato Russo.

• Digitalizar o acervo musical do maestro Cláudio Santoro.

• Apoiar o Festival Internacional de Dança de Brasília.

• Recriar o Museu de Arte de Brasília.

• Recriar o Polo de Cinema de Brasília.

10 – Incorporar as diretrizes da Conferência Distrital às Leis Orçamentárias do DF.

11 – Criar ações de desenvolvimento para a economia criativa gerando emprego, renda, qualificação profissional e previdência para os trabalhadores das artes.

12 – Revitalizar, reaparelhar e/ou construir equipamentos culturais permanentes em todas as cidades do DF e Entorno.

13 – Desenvolver programas e projetos transdiciplinares com outras áreas do governo (saúde, meio ambiente, direitos humanos, educação, comunicação, turismo, etc).

Fonte: Blog do Agnelo. 24/09/2010. Disponível em http://www.souagnelo13.com.br/blog-do-agnelo/agnelo-%e2%80%9ctenho-o-sonho-de-transformar-brasilia-na-capital-da-leitura%e2%80%9d/#more-4006

COBERTURA DO EVENTO

Com depoimento de apoiadores da campanha "Marconi 13800"







quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO - Cleide Soares

Eu voto no Marconi porque conheço sua trajetória, compromisso e militância na área da cultura. Trabalhamos juntos na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, no Governo Cristovam Buarque, e até hoje conversamos sobre os problemas na área de bibliotecas e do incentivo à leitura. O Marconi vai ser uma voz forte na Câmara Legislativa do DF, porque tem muito conteúdo intelectual e compromisso.

As propostas dele incluem as bibliotecas, os projetos de incentivo à leitura e a cadeia produtiva do livro, áreas essenciais para o desenvolvimento da educação, da cultura e da cidadania.

Cleide Soares, Bibliotecária
Criou o Programa Arca das Letras no Governo Federal, que já implantou mais de 8 mil bibliotecas no meio rural. É Coordenadora-Geral de Ação Cultural no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Técnica Legislativa da Câmara Legislativa do DF. Foi Coordenadora da Rede de Bibliotecas do DF, na Secretaria de Cultura do DF, na gestão de Cristovam Buarque.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Encontro de Marconi e Agnelo com músicos, cineastas e livreiros do DF

Evento: Almoço do candidato a Deputado Distrital pelo PT-DF MARCONI SCARINCI e do candidato ao Governo do Distrito Federal - GDF pela coligação "Um Novo Caminho", AGNELO QUEIROZ, com músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro - OSTNCS, cineastas da Associação dos Produtores e Realizadores de Filmes de Longa Metragem de Brasília - APROCINE e Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo - ABCV-DF, e membros da Câmara do Livro - CLDF

Dia: Sexta-feira, 24/09/2010

Horário: das 12h às 14h

Local: Restaurante "Chão Nativo", Setor de Indústrias Grafícas - SIG, Q. 3, s/n, Bl. B, Lj. 16, 1º Andar, Brasília-DF

Fone: 3344-2138

Valor: R$ 22,00 por pessoa para almoço, sobremesa e refrigerante

Obs.: Cada categoria deverá levar a sua pauta de reivindicação


Informações:

Agenda AGNELO GOVERNADOR
Responsável: América
Tel.: 8141-9825

Agenda MARCONI 13800
Responsável: Marconi Scarinci
Tel.: 9637-3799

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO - Victor Alegria

Votar com RESPONSABILIDADE

É difícil encontrar um candidato que fale de Cultura. Por isso ao aparecer um jovem filósofo candidato fomos pesquisar. É ficha limpa, limpíssima, com prática no trabalho cultural. É do PT, ético e não tem apoio financeiro. Será que nós, do Partido da Cultura e Educação, não conseguimos eleger quem nos defenda com ardor e moral? Comentem, reflitam e votem no MARCONI – 13800.

Nunca indiquei um candidato, mas este jovem me comoveu, pela sinceridade.

Victor Alegria
Editor e produtor cultural
Diretor-presidente da Thesaurus Editora
Fundador da Câmara do Livro do Distrito Federal

sábado, 18 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XX – Contra Erenices, mensaleiros, aloprados e atrapalhões: ética e utopia, em doses cavalares!‏

"Quando secam os oásis utópicos,
estende-se um deserto
de banalidade e perplexidade."
Jürgen Habermas


A Pílula de hoje terá de ser em dose cavalar, em função das estripolias da Senhora Erenice Guerra, ex-Ministra Chefe da Casa Civil, filiada ao meu Partido, que, mais uma vez, assim como a turma do mensalão, aloprados e outros atrapalhões, tiram qualquer militante de esquerda do sério.

Uma pessoa minimamente comprometida com a ética sabe que o primeiro dever moral tem de ser o da autocrítica. E isso é que o PT deve fazer urgentemente, antes que acabe de jogar inteiramente no lixo um capital político construído a duras penas, ao longo de trinta anos, pela vontade e utopia de incontáveis trabalhadores e militantes Brasil afora, que ainda vêem o PT como uma possibilidade de mudanças reais para o País. Mas é preciso resgatá-lo já!

A minha candidatura a Deputado Distrital só foi confirmada no dia 5 de julho, último dia de inscrição de candidatos, após cerrado boicote e sabotagem de uma parcela dirigente do Partido, certamente amedrontada com o ingresso de um militante histórico, que labuta 30 anos em prol da elevação cultural de nosso povo, que não tem "rabo preso", muito menos "papas na língua". E confesso: uma das coisas que me animou a ir para a disputa foi um artigo do Frei Beto, “Carta a um Petista”, na qual me senti o próprio personagem a quem o frade dominicano e escritor se dirige.

Nesse momento de mais uma trapalhada, de quem nega o passado e se deslumbra com a institucionalidade burguesa, metendo os pés pelas mãos, como é o caso da Sr.ª Erenice, segue abaixo o artigo/carta de Frei Betto, que serve como um alento para os que acreditam que a política pode fazer a diferença.


CARTA A UM PETISTA

Frei Betto

Meu caro: recebi sua carta na qual descreve a confusão política que o atormenta. Pressinto quão sofrido é ver o seu partido refém de velhas raposas da política brasileira, com o risco de ser definitivamente tragado, como Jonas, pela baleia.

Pergunto-se se o PT voltará, algum dia, a ser fiel a seus princípios e documentos de origem. Hoje, ele luta por governabilidade ou por empregabilidade de seus correligionários? É movido pela ânsia de construir um novo Brasil ou pelo projeto de poder?

Nunca fui filiado a partido, como você sabe e muitos ignoram. É verdade que ajudei a construir o PT, mobilizei Brasil afora as Comunidades Eclesiais de Base e a Pastoral Operária.

Eleito presidente, Lula me convocou para o Fome Zero. Aceitei. Mas o governo que criou o Fome Zero decidiu por sua morte prematura e deu lugar ao Bolsa Família.

Trocou-se um programa emancipatório por outro compensatório. Peguei o meu boné. Tudo isso narrei em dois livros, “A Mosca Azul” e “Calendário do Poder”.

Amigo, não o aconselho a deixar o PT. Não se muda um país vivendo fora dele. Há no PT muitos militantes íntegros, fiéis a seus princípios fundadores e dispostos a lutar por uma nova hegemonia na direção do partido.

Ainda que você não engula essas alianças “espúrias”, sugiro que prossiga no partido e vote em seus candidatos ou nos candidatos da coligação. Mas exija deles compromissos públicos. Lute, expresse sua opinião, revele sua indignação.

Ajude o PT a recuperar sua credibilidade ética e a voltar a ser expressão política dos movimentos sociais que congregam os mais pobres e as bandeiras que exigem reformas estruturais no Brasil.

Fonte: Jornal "O Dia" , Rio de Janeiro, 12/06/2010. Disponível em http://odia.terra.com.br/portal/conexaoleitor/html/2010/6/frei_betto_carta_a_um_petista_88019.html

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XIX - Pobre eleitor! Vai dar tilt!

“Quem não quer raciocinar é um fanático;
quem não sabe raciocinar é um tolo;
e quem não ousa raciocinar é um escravo.”
William Drummond



A quantidade de cavaletes com fotos de candidatos (diga-se de passagem, mesmo na era do Fotoshop, não são das mais belas), com seus respectivos números, tanto do espectro político à direita quanto à esquerda, invade e polui visualmente as beiras das principais vias e estradas do Distrito Federal. Freud explica: vivemos uma epidemia de narcisismo, uma infestação de egolatria sem precedentes - fenômeno este que, infelizmente, está se tornando tradicional a cada quadriênio!

Em um momento em que a cidade deveria ser chamada ao debate, deixa-se patente que, mesmo com as restrições da lei eleitoral para o pleito deste ano, o que ainda impera nas práticas da disputa eleitoral é o abuso do poder econômico e a aposta na irracionalidade de boa parte do eleitorado.

Aí fica a pergunta: que renovação política acontecerá no DF, onde uma quantidade preocupante de candidatos lança mão da forma pavloviana do reflexo condicionado para “conquistar” o eleitor, ao invés de chamá-lo à reflexão via debate qualificado?

Fica também uma observação: nessa inflação de cavaletes com fotos e números sobrepostos, pode ser que, na hora do voto, o reflexo condicionado falhe, em função da confusão de imagens, e aí o eleitor ou a urna eletrônica, enlouquecidos, darão tilt!

Mas o que a cidade não pode mais aguentar, nesses tempos sombrios de puro marketing, é uma nova pane política por mais quatro anos. Isso significará a perda de outro valioso momento histórico, acarretando, insuportavelmente, o prolongamento deste período de cinismo e apatia social. Nós, que lutamos tanto - com um senso até quixotesco - pela plenificação das inúmeras potencialidades do ser humano, não podemos deixar escapar esse raro ensejo! Nessa época de crise da ilusão tecnocrática, trata-se de oportunidade ou possibilidade de avançarmos sobremaneira em direção a tão necessária revolução cultural - esta sim que nos livrará do mal maior, a alienação, permitindo a dignificação de nossa existência!

Recordar é viver! A trajetória de lutas de Marconi










sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO - Antonio Miranda

Antonio Miranda, Diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, declara o seu voto em Marconi!
Confira o vídeo:

Pílula Ideológica XVIII - Brasília não pode tomar uma nova goleada da corrupção

“A arte de jogar futebol é uma contribuição brasileira
e um dos poucos valores que considero genuinamente universais."
Eric Hobsbawm



O futebol é mais que um esporte no Brasil. É um forte traço cultural do nosso povo. O futebol em nosso País no seu início passou por um processo de luta de classes.

Ele começa como esporte importado por filhos de brancos ingleses e escoceses elitizados, que segregavam da sua prática negros, mestiços e pobres. Vide as histórias do Vasco da Gama, do Bangu ou ainda do centenário Esporte Clube Corinthians, time formado por operários do Bairro do Bom Retiro na capital paulista.

Pena que a esquerda brasileira só de uns tempos para cá, talvez em função do uso indevido da Seleção Brasileira pela ditadura militar, começou a sacar que, se quiser dialogar com as massas, tem de ter as calças poídas pelas arquibancadas dos estádios, como bem sacou o jornalista Juca Kfuori.

A Copa do Mundo de 2014 será no Brasil, e Brasília uma das 14 cidades-sedes. Não é difícil imaginar que muitos dos que estão envolvidos no atual processo eleitoral não estejam pensando, babando e até perdendo o sono em função dos bilhões de reais que circularão pela cidade. Seja na construção de obras, como a do Estádio Nacional de Brasília - que continue Mané Garrincha - que já estava superfaturado, seja de serviços e eventos. A maior parte desse dinheiro, óbvio, será proveniente dos governos federal e local.

É recomendável ao futuro governador do DF (nesse caso e pelo histórico não pode ser Roriz) que seja cirúrgico na escolha do seu secretariado e crie mecanismos de controle social para o dinheiro público.

Quanto ao povo que saiba escolher representantes que sejam comprometidos com a correta fiscalização da gestão dos recursos e bens públicos. Brasília não pode levar uma nova goleada da corrupção.


Marconi Scarinci - é botafoguese sadio e um dos grandes pesquisadores em Brasília da relação Futebol e Cultura.
Em 2006 idealizou e coordenou para o SESI -DF e exposição: "SESI Futebol Brasileiro e Cultura".
Em 2008 coordenou com o cineasta Fernando Camargos o projeto: "50 Anos da Conquista da Copa de 58". Ainda nesse ano, participou com o jornalista Sérgio Cabral, na "27ª Feira de Livro de Brasília", de uma mesa sobre a "Conquista da Copa de 58".
Tem artigos sobre o tema publicados em jornais. Inclusive, em 12 de junho deste ano, foi capa do Caderno Diversão e Arte do Correio Braziliense, falando sobre futebol e literatura.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XVII - Tem gente que acha que é "mais igual" do que outras...

Ou "Cadê o Fundo Partidário?"


“Não estamos perdidos, pelo contrário,
venceremos se não tivermos desaprendido a aprender."
Rosa de Luxemburgo

"Todos os animais são iguais
mas alguns são mais que outros."
George Orwell, in "A Revolução dos Bichos



06 de setembro de 2010. Brasília, umidade relativa do ar baixíssima, nível Saara. Mas, pior do que a secura do tempo da Capital, somente a aridez do fundo partidário, o qual, por não molhar nem irrigar as campanhas da maioria dos candidatos proporcionais, que não vivem da política - burocratas, e sim para a política, deixa-nos afligidos financeiramente, com sérias limitações nas ações de campanha, e, sobretudo, sem condições de travar o combate ideológico.

Estamos a menos de um mês das eleições, só que, até momento, não chegou às mãos dos candidatos a Deputado Distrital pelo Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal - PT-DF a verba do fundo partidário. Isso prejudica, e como, as candidaturas que não são identificadas como sendo os “super” dirigentes sindicais ou as “estrelas” do PT local.

Com todo respeito, para parte significativa dos eleitores do DF, algumas das chamadas “estrelas” do PT estão embotadas pelo tempo, pelas práticas e/ou pelas ideias. E como (pelo menos era assim) o PT sempre defendeu a democracia, a isonomia e a renovação de quadros, é fundamental que o partido dê condições menos díspares (seria otimismo demais invocar uma relação verdadeiramente igualitária) para parte significativa dos candidatos à Câmara Legislativa, que têm pouca estrutura, em um momento em que a cidade clama por mudança, ética e uma nova geração política.

Com todo respeito aos nossos dirigentes partidários e as “estrelas” do PT-DF, não fosse o escândalo da Caixa de Pandora, nossa bancada distrital e federal regrediria numericamente, pois, em nenhum momento, fizemos uma oposição efetiva ao (Des)governo Arruda.

Segundo o juiz Marco A. M. Vargas, do Tribunal Regional Eleitoral - TRE de São Paulo: “O fundo partidário é uma arrecadação de valores, distribuído proporcionalmente aos partidos políticos pelo Estado e com determinadas naturezas: um percentual é para aplicação na publicidade ideológica, outro é para cursos que envolvam a cidadania e a implementação política de sua ideologia e, entre elas, destinar um percentual para as campanhas dos candidatos do partido.” Então, que o fundo chegue para ontem às candidaturas de pouca estrutura, pois, se ele vier próximo ao fim da eleição, poderemos mudar o seu nome para “Afunda partidário” ou “Afunda Candidato”, como queiram.

Infelizmente, parece que está se constituindo no PT uma espécie de "estilo chinês" de direção, com uma certa geração que, de tanto querer se perpetuar no poder, repete, em terras verde-amarelas, o modelo de gerontocracia do Partido Comunista daquele país, com seus "jovens" e "dialéticos" comandantes de 70, 80 anos...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

DECLARAÇÃO DE APOIO - Lúcia Helena

A candidatura do Dom Quixote da Cultura, Marconi Scarinci, nasceu marcada por um grande ideal que se faz presente, principalmente, em seus planos e projetos. As atividades culturais desse Quixote há muito envolvem a sua amada Brasília, cidade que deve ser ainda, apesar do caos político que nela se instalou, compreendida como marco civilizatório, modelo e referência para o Brasil. Nesse sentido esteve sempre o Quixote Marconi a alavancar e implementar diretrizes para a execução do sistema cultural condizente à grandiosidade de Brasília e de suas cidades satélites.

Mesmo que tenha sido criada com um ideal modernista, em uma época de avanço econômico, consolidação da democracia e complexificação da sociedade, Brasília e suas cidades satélites estão a requisitar, com urgência, um plano cultural condizente com as demandas e necessidades especificas de cultura e convívio socioeducativo. Nisso se configura o fazer político de Marconi Scarinci para os próximos anos e, por isso, seu quixotismo não é utópico, porque vê a Brasília de hoje e todas as cidades a sua volta como um potencial de realização cultural sem precedentes, firmando a capital federal na invenção de futuros possíveis a partir da crítica ao presente. Acredito em Quixotes. Marconi Scarinci é um deles. Está a fazer o diferente: pensando criativamente Cultura que é Educação. Surja!

Paz e Bem.


Lúcia Helena Sá

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XVI - Brasília não pode viver no lixo

“A terra pode oferecer o suficiente
para satisfazer as necessidades de todos os homens,
mas não a ganância de todos os homens.”
Mahatma Gandhi


No universo da política, nos últimos 30 anos, muito tem sido falado, sobretudo retoricamente, sobre as questões relativas ao meio ambiente - já se vão 18 anos da ECO 92 e quase 1 da Conferência Climática de Copenhagen. Mas a tirar pela forma de como é tratado o problema do lixo no DF, um dos problemas ecológicos mais graves, estes ficarão confinados somente aos discursos, em se tratando dos homens públicos de Brasília.

A maioria dos cidadãos brasilienses que passam diariamente por lugares como a Rodoviária do Plano Piloto, pelos Setores Comerciais Norte e Sul, centros e praças e muitas ruas de Taguatinga, Ceilândia, Gama e demais regiões administrativas terão a sensação de estarem “desfilando” em verdadeiros Chiqueiródromos. Que os porcos não morram de inveja.

Entra ano, sai ano, vem eleição acaba eleição e nenhum gestor público, nenhum único parlamentar se indigna com a situação. Não adianta somente elaborar leis sobre resíduos sólidos, estar escrito na Lei Orgânica do DF e terceirizar os serviços de limpeza urbana.

Aos legisladores, além de formular leis, é necessário fiscalizar. Já aos gestores públicos lhes cabem implementar políticas, projetos e programas que busquem dar destinação correta ao lixo. Já passou da hora de ter sido implantado em todo o DF a coleta seletiva de lixo.

Mas nunca é demais lembrar que o excesso (e que excesso) de produção de resíduos sólidos, que fazem Brasília e o planeta se tornarem uma grande lata de lixo, se funda na lógica consumista do sistema capitalista neoliberal e globalizante.


Propostas de Marconi para o Meio Ambiente no DF


a) Efetivação da Lei distrital nº 3.890/2006, que dispõe sobre a coleta seletiva no âmbito do DF, e da federal N.º 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

b) Implementação de usinas de coleta seletiva;

c) Projeção de aterros sanitários;

d) Valorização os catadores de lixo e suas cooperativas;

e) Qualificação do Ensino de Educação Ambiental nas escolas.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

13 Propostas de Agnelo para a Cultura


(Clique na imagem para ampliá-la)


AGNELO NO PROJETO "O CANDIDATO E A CULTURA"
DO MOVIMENTO VIVA ARTE/AÇOUGUE CULTURAL T-BONE
19/08/2010






























ÉTICA E CULTURA PARA MUDAR AS ESTRUTURAS!

Substitua as exclamações
pelas interrogações
E verás que viver
não são simples questões
de pontos finais ou de vista.

A verdade é que tudo, ou quase tudo, hoje em dia, se referencia no mercado. Então, tudo torna-se mera mercadoria. E a mercadoria, na sociedade capitalista, neoliberal e pós-moderna, é algo descartável. Afinal, é preciso gerar lucro, mesmo que isso comprometa a vida. Por isso, é preciso resgatar e reconstruir as utopias. A política com P (maiúsculo) se faz com sonhos e ética!

Marconi Scarinci


PERFIL


Marconi Costa da Silva Scarinci é mineiro de nascimento, mas brasiliense por adoção. Tem 49 anos. É produtor, gestor e militante cultural, e professor de Filosofia.

Marconi foi Secretário-Geral da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas - UMESB (biênio 1983-1984), presidente da Associação de Arte e Cultura de Taguatinga, produtor do Centro Cultural Rio Cine, no Rio de Janeiro, programador do Centro Cultural do Serviço Social da Indústria – SESI, de Taguatinga, e da Câmara do Livro - CLDF, especialmente da Feira do Livro de Brasília.

Com suas “Pílulas Ideológicas”, Marconi visa politizar o debate, promovendo uma discussão qualificada acerca de assuntos candentes e da ordem do dia, além de tangenciar temas existenciais, caros a nossa condição humana.

Com uma militância de 30 anos pelo Partido dos Trabalhadores - PT-DF, Marconi é reconhecido local e nacionalmente por sua decisiva e combativa atuação política em prol da elevação cultural de nosso povo.


PROPOSTAS


As diretrizes culturais que norteam a atuação política de Marconi são:

1. Pela criação da Frente Parlamentar do Livro e da Leitura, a fim de implementar e consolidar políticas de estímulo à leitura e à escrita;

2. Pela transparência, ética, fiscalização e controle social para os recursos públicos;

3. Pela atuação interdisciplinar e transversal da cultura com a educação, a saúde, a segurança, o meio ambiente, entre outras áreas;

4. Pela revitalização, reaparelhamento e/ou construção de equipamentos culturais permanentes em todas as cidades do DF e Entorno;

5. Pela implementação do ensino das artes nos diversos níveis da educação básica, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB;

6. Pela ampliação dos Pontos de Cultura para 200 em todas cidades do DF e Entorno;

7. Por nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura - FAC, ampliando o valor da Receita Corrente Líquida do Orçamento Distrital para a área e a criação de novos mecanismos de financiamento públicos;

8. Pela implantação do Plano e do Sistema Distrital de Cultura;

9. Pela realização de Conferências Regionais e Distrital bienais, inscrevendo suas resoluções nas leis orçamentárias e orgânica do DF;

10. Pela retomada do "Temporadas Populares", com o fito de promover o acesso, a preços módicos, da população de todas as cidades do DF a shows e espetáculos com qualidade de artistas locais, regionais e nacionais;

11. Pela reestruração do Conselho Distrital de Cultura e efetivação dos Conselhos Regionais, eleitos em Conferências;

12. Pela descentralização financeira e orçamentária dos recursos culturais, a fim de dotar as Diretorias de Cultura das Administrações Regionais (DRCs) das verbas necessárias à realização de projetos comunitários;

13. Pela criação de uma fundação responsável pelos equipamentos culturais públicos do DF.


FALE COM MARCONI


marconi13800@gmail.com

marconipt13800@gmail.com

(61) 9637-3799