"Se queres sacar da vida felicidade, a contento,
auxílio em favor dos outros é o melhor investimento”
(Vivita Cartier)
(Vivita Cartier)
Anteontem, 13 de outubro de 2010, às 10h50, eu estava na Praça do Bicalho, em Taguatinga, conversando com um casal de amigos, William Reis e Maristela Papa, quando fomos abordados por um “pesquisador”, ou melhor, “indutor”, o Sr. Júlio César Silva, do Instituto Soma (o diretor de pesquisa, presidente e dono do referido instituto é o ex-Secretário de Planejamento do (Des)governo Arruda, Sr. Ricardo Penna, que sempre soma para a direita, é claro), que se dirigiu a William com as seguintes perguntas:
a) Em quem você votaria para Presidente no 2º turno?
R: Não sei, estou indeciso.
b) Em quem você votou no 1º turno para Presidente?
R: No Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL.
c) Em quem você votaria para Governador do DF no 2º turno?
R: Em Agnelo Queiroz, do PT.
d) Você votaria em candidatos que defendem o aborto?
Logo, tomei a frente e questionei o “indutor”, com uma saraivada de indagações:
1ª) Isso não é pesquisa; é tentativa de indução, você não acha?
2ª) No mundo hoje há UM BILHÃO de pessoas morrendo de fome. Você não acha que essas pessoas estão abortadas do direito a vida, assim como milhões de desempregados e seus filhos mundo afora?
3ª) E as milhares de crianças e jovens que “vivem” jogados pelas ruas do nosso país, não estarão também abortadas do direito de viver, e tendem a aumentar esse aborto, se tivermos de volta a implementação das políticas neoliberais representadas pelo Sr. José Serra do PSDB (Brasil) e pela Sra. Wesliam Roriz do PSC (DF)?
- Meu amigo, enquanto tivermos uma sociedade capitalista monopolista, sem políticas socioeconômicas distributivas e inclusivas, a maioria da sociedade brasileira e planetária com certeza estará abortada da vida.
O pesquisador alienado, em um espécie de ato falho, respondeu cabisbaixo: "Esse é o trabalho que estou fazendo".
Quando rebaixamos a discussão política a falas moralistas e sem nenhuma investigação ética, podemos ter certeza que ainda nos encontramos mentalmente na Idade Média. E isso só interessa para as elites e para setores anacrônicos da Igreja, para quem Galileu Galilei, depois de provar, no século XVII, que a Terra não era o centro do universo, só a pouco tempo mereceu o perdão papal.
Contra qualquer forma de aborto e pela vida plena, a socialização dos meios de produção é a redenção. Agora, pergunte à direitosos de plantão, e a padres e pastores donos de igrejas milionárias e de colégios Maristas, Salesianos, Adventistas e Universidades Mackenzies e Católicas da vida, com suas mensalidades “baratinhas”, se eles são a favor de mudanças radicais e estruturantes?
R: Nosso Senhor, rogai por nós!
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