quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pílula Ideológica XXVI – José Serra, o Roberto Rojas da Política Nacional

“O super craque não precisa jogar bem.
O perna de pau é que tem de se matar em campo.”
(Nelson Rodrigues
)

O incidente de ontem no bairro de Campo Grande, na cidade do Rio de Janeiro, em que o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, diz ter sido supostamente atingindo por um rolo de fita atirado por um militante do PT, não passa de um grande embuste. Segundo as câmaras da rede de televisão SBT, parece, na realidade, ter sido uma bolinha de papel que acertou o postulante demo-tucano, o que nos faz lembrar o jogo Brasil X Chile, realizado no Maracanã, no dia 03 de setembro de 1989, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 90.


Qualquer semelhança...

Nessa contenda, o goleiro da seleção chilena, Roberto Rojas, vendo que o escrete do seu país não teria como reagir ao placar desfavorável de 1X0 (o Brasil jogava melhor), inventou aquela encenação toda, quando, após ter sido atirado próximo à meta chilena um sinalizador marítimo pela torcedora Rosemary Mello, o guarda-metas sacou uma lâmina de seu meião e, ato contínuo, fez um corte em sua cabeça, com o objetivo de suspender a partida e provocar uma punição de nossa seleção pela CONMEBOL - o que não aconteceu. Ao contrário: a seleção chilena foi quem recebeu punição pela simulação do goleiro.

Traçando um paralelo entre os dois embusteiros, assim como Rojas sabia que a seleção chilena não tinha futebol e nem esquema tático para vencer a Seleção Canarinho naquela tarde no Maraca, o candidato Serra e os pernas de pau do PSDB e do DEM, até o presente, não apresentaram um programa com propostas que convençam o eleitor brasileiro a não dar a vitória a Dilma Rousseff no 2º turno, dia 31 de outubro.

No primeiro tempo do returno eleitoral, que foram os dez primeiros dias de campanha do 2º turno, o ex-governador de São Paulo apelou para um jogo obscurantista, com auxílio de setores conservadores da sociedade e da igreja, e colocou em campo de forma sórdida o aborto como questão central do jogo político e da campanha. Mas como a torcida, o povo que não é bobo. Viu-se que esse tipo de firula cisca-cisca não ganha jogo, e que, por falta de um projeto consistente para o país, a coisa para o time da tucanalha, com poucas opções táticas, começou a se complicar.

Agora, no segundo tempo do 2º turno, quando os debates começaram para valer e os institutos de pesquisa indicam uma goleada a favor de Dilma e do time do Técnico-Presidente Lula, Serra, assim como Rojas, recorre ao sortilégio do objeto atirado à sua cabeça, que começou como uma pedra (site da Revista Veja) e agora já é uma bolinha de papel (SBT), para tentar virar e ganhar no grito a peleja, contando com a colaboração dos cartolas inescrupulosos, nesse caso, analogicamente, representados pela chamada “grande” mídia brasileira, que, por servir historicamente ao grande capital, não quer que o Brasil e o seu povo sigam se construindo e se afirmando, e sejam campeões no jogo das nações.

Serra, que diz gostar e entender de futebol, é torcedor do Palmeiras (pobre Verdão!) e sabe: jogador mascarado não leva o seu time a lugar nenhum.

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ÉTICA E CULTURA PARA MUDAR AS ESTRUTURAS!

Substitua as exclamações
pelas interrogações
E verás que viver
não são simples questões
de pontos finais ou de vista.

A verdade é que tudo, ou quase tudo, hoje em dia, se referencia no mercado. Então, tudo torna-se mera mercadoria. E a mercadoria, na sociedade capitalista, neoliberal e pós-moderna, é algo descartável. Afinal, é preciso gerar lucro, mesmo que isso comprometa a vida. Por isso, é preciso resgatar e reconstruir as utopias. A política com P (maiúsculo) se faz com sonhos e ética!

Marconi Scarinci


PERFIL


Marconi Costa da Silva Scarinci é mineiro de nascimento, mas brasiliense por adoção. Tem 49 anos. É produtor, gestor e militante cultural, e professor de Filosofia.

Marconi foi Secretário-Geral da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas - UMESB (biênio 1983-1984), presidente da Associação de Arte e Cultura de Taguatinga, produtor do Centro Cultural Rio Cine, no Rio de Janeiro, programador do Centro Cultural do Serviço Social da Indústria – SESI, de Taguatinga, e da Câmara do Livro - CLDF, especialmente da Feira do Livro de Brasília.

Com suas “Pílulas Ideológicas”, Marconi visa politizar o debate, promovendo uma discussão qualificada acerca de assuntos candentes e da ordem do dia, além de tangenciar temas existenciais, caros a nossa condição humana.

Com uma militância de 30 anos pelo Partido dos Trabalhadores - PT-DF, Marconi é reconhecido local e nacionalmente por sua decisiva e combativa atuação política em prol da elevação cultural de nosso povo.


PROPOSTAS


As diretrizes culturais que norteam a atuação política de Marconi são:

1. Pela criação da Frente Parlamentar do Livro e da Leitura, a fim de implementar e consolidar políticas de estímulo à leitura e à escrita;

2. Pela transparência, ética, fiscalização e controle social para os recursos públicos;

3. Pela atuação interdisciplinar e transversal da cultura com a educação, a saúde, a segurança, o meio ambiente, entre outras áreas;

4. Pela revitalização, reaparelhamento e/ou construção de equipamentos culturais permanentes em todas as cidades do DF e Entorno;

5. Pela implementação do ensino das artes nos diversos níveis da educação básica, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB;

6. Pela ampliação dos Pontos de Cultura para 200 em todas cidades do DF e Entorno;

7. Por nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura - FAC, ampliando o valor da Receita Corrente Líquida do Orçamento Distrital para a área e a criação de novos mecanismos de financiamento públicos;

8. Pela implantação do Plano e do Sistema Distrital de Cultura;

9. Pela realização de Conferências Regionais e Distrital bienais, inscrevendo suas resoluções nas leis orçamentárias e orgânica do DF;

10. Pela retomada do "Temporadas Populares", com o fito de promover o acesso, a preços módicos, da população de todas as cidades do DF a shows e espetáculos com qualidade de artistas locais, regionais e nacionais;

11. Pela reestruração do Conselho Distrital de Cultura e efetivação dos Conselhos Regionais, eleitos em Conferências;

12. Pela descentralização financeira e orçamentária dos recursos culturais, a fim de dotar as Diretorias de Cultura das Administrações Regionais (DRCs) das verbas necessárias à realização de projetos comunitários;

13. Pela criação de uma fundação responsável pelos equipamentos culturais públicos do DF.


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