Caras e caros amigos,
Voto no Marconi pela certeza do seu compromisso com a ética e com novas práticas políticas, além do seu compromisso de vida inteira com a cultura. Também penso que cultura é a educação. O Marconi é o candidato da Cultura do PT. Conheço Marconi há 30 anos e sei que estes compromissos antes de serem orientados pela lógica do pensamento (o que este filósofo inclusive faz muito bem), são orientados por princípios que norteiam a sua ação no mundo e que formam a sua personalidade reta. A necessidade de se repensar as práticas políticas brasileiras não excluem o Partido dos Trabalhadores. Embora o Governo do companheiro Lula seja um sucesso e tenha proporcionado avanços sociais significantes, houve escorregões éticos, alianças difíceis de explicar, sérias denúncias de corrupção, além de imposições no plano político que nos levam a crer que a noção um tanto maquiavélica de que os fins justificam os meios tem orientado as decisões maiores do Partido.
Em 1980, Marconi e eu, então adolescentes em Taguatinga, junto com muitos outros companheiros, fazíamos a campanha inicial de filiação ao PT para que este pudesse se registrar como partido. O sonho de um partido ético, justo e por isso mesmo diferente, motivava as nossas açoes. Um Partido formado por sindicalistas do ABC, professores da USP e padres das Comunidades Eclesiais de Base nascia diferente e, por isso, particularmente confiável.
Nunca ocupei cargos em governos do PT. Não mais digo isso com orgulho. Se eu e outros companheiros sem ambições de poder pelo poder, que pensam que o poder é apenas uma oportunidade de poder servir, incluindo o Marconi, tivéssemos ocupado cargos e lutado por atuar em instâncias partidárias maiores, poderíamos talvez ter ajudado a evitar alguns deslizes éticos que têm sido cinicamente justificados em função de se ganhar as eleições, conseguir governabilidade, essas coisas (nessa campanha, campanha, tenho ouvido muitas vezes de poderosos do partido a frase 'a gente ganha as eleições, depois a gente ocupa o espaço). O oportunismo é sempre uma tese terrível. Fez o PT perder muitos companheiros de grande qualidade. Perdeu o Professor Cristovam Buarque, que dispensa comentários, mas perdeu também o Astral, menos famoso, mas não menos importante. Sobre isso, o Marconi enfatizou, em recente almoço com o Agnelo: se eleito, coloque quadros competentes na administração pública. Não privilegie militantes incompetente. Em outras palavras, não se deve ocupar o Governo para fazer dele um cabide de empregos para a militância e, muito menos, acrescento, para facilitar negócios com supostos simpatizantes. A regra justa é o que deve prevalecer. Sobre isso, indico à classe polÌtica a leitura atenta do livro 'A Regra de São Bento', texto do ano 1300, com ensinamentos bastante pertinentes. Bravo Marconi!!!
Continuo no PT porque acho que todo cidadão deve se vincular a um partido político, isto é um ato de cidadania, e porque acho que o PT ainda consegue, cambaleando, mas consegue, ser o menos pior dos partidos. Mas estou com os olhos bem abertos.
Talvez o Marconi seja um D. Quixote, ou alguém cujas características pessoais o tornariam mais adequado ao parlamento dinamarquês do que ao nosso. O que me faz votar no Marconi é a certeza de que ele, como eu e muitos outros companheiros do Partido que se calam por talvez não terem estômago para suportarem as justificativas porcas de certas decisões do PT. Nunca iremos aceitar a naturalização da corrupção, do desvio ético, do trato menos que perfeito com o dinheiro público. Subjacente a este raciocínio está a idéia de que toda vez que um ato de corrupção dá certo, ele ajuda a matar uma criança, a matar o Brasil. Por isso tudo, vote Marconi, 13800, pois, adaptando uma frase que vi em um e-mail do colega Ricardo Mariz, novas práticas políticas são necessárias, urgentes e possíveis.
Afonso Galvão é Mestre e Doutor em Psicologia Educacional pela Universidade de Reading - Inglaterra, Professor dos Programas de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica de Brasilia e músico violoncelista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Voto no Marconi pela certeza do seu compromisso com a ética e com novas práticas políticas, além do seu compromisso de vida inteira com a cultura. Também penso que cultura é a educação. O Marconi é o candidato da Cultura do PT. Conheço Marconi há 30 anos e sei que estes compromissos antes de serem orientados pela lógica do pensamento (o que este filósofo inclusive faz muito bem), são orientados por princípios que norteiam a sua ação no mundo e que formam a sua personalidade reta. A necessidade de se repensar as práticas políticas brasileiras não excluem o Partido dos Trabalhadores. Embora o Governo do companheiro Lula seja um sucesso e tenha proporcionado avanços sociais significantes, houve escorregões éticos, alianças difíceis de explicar, sérias denúncias de corrupção, além de imposições no plano político que nos levam a crer que a noção um tanto maquiavélica de que os fins justificam os meios tem orientado as decisões maiores do Partido.
Em 1980, Marconi e eu, então adolescentes em Taguatinga, junto com muitos outros companheiros, fazíamos a campanha inicial de filiação ao PT para que este pudesse se registrar como partido. O sonho de um partido ético, justo e por isso mesmo diferente, motivava as nossas açoes. Um Partido formado por sindicalistas do ABC, professores da USP e padres das Comunidades Eclesiais de Base nascia diferente e, por isso, particularmente confiável.
Nunca ocupei cargos em governos do PT. Não mais digo isso com orgulho. Se eu e outros companheiros sem ambições de poder pelo poder, que pensam que o poder é apenas uma oportunidade de poder servir, incluindo o Marconi, tivéssemos ocupado cargos e lutado por atuar em instâncias partidárias maiores, poderíamos talvez ter ajudado a evitar alguns deslizes éticos que têm sido cinicamente justificados em função de se ganhar as eleições, conseguir governabilidade, essas coisas (nessa campanha, campanha, tenho ouvido muitas vezes de poderosos do partido a frase 'a gente ganha as eleições, depois a gente ocupa o espaço). O oportunismo é sempre uma tese terrível. Fez o PT perder muitos companheiros de grande qualidade. Perdeu o Professor Cristovam Buarque, que dispensa comentários, mas perdeu também o Astral, menos famoso, mas não menos importante. Sobre isso, o Marconi enfatizou, em recente almoço com o Agnelo: se eleito, coloque quadros competentes na administração pública. Não privilegie militantes incompetente. Em outras palavras, não se deve ocupar o Governo para fazer dele um cabide de empregos para a militância e, muito menos, acrescento, para facilitar negócios com supostos simpatizantes. A regra justa é o que deve prevalecer. Sobre isso, indico à classe polÌtica a leitura atenta do livro 'A Regra de São Bento', texto do ano 1300, com ensinamentos bastante pertinentes. Bravo Marconi!!!
Continuo no PT porque acho que todo cidadão deve se vincular a um partido político, isto é um ato de cidadania, e porque acho que o PT ainda consegue, cambaleando, mas consegue, ser o menos pior dos partidos. Mas estou com os olhos bem abertos.
Talvez o Marconi seja um D. Quixote, ou alguém cujas características pessoais o tornariam mais adequado ao parlamento dinamarquês do que ao nosso. O que me faz votar no Marconi é a certeza de que ele, como eu e muitos outros companheiros do Partido que se calam por talvez não terem estômago para suportarem as justificativas porcas de certas decisões do PT. Nunca iremos aceitar a naturalização da corrupção, do desvio ético, do trato menos que perfeito com o dinheiro público. Subjacente a este raciocínio está a idéia de que toda vez que um ato de corrupção dá certo, ele ajuda a matar uma criança, a matar o Brasil. Por isso tudo, vote Marconi, 13800, pois, adaptando uma frase que vi em um e-mail do colega Ricardo Mariz, novas práticas políticas são necessárias, urgentes e possíveis.
Afonso Galvão é Mestre e Doutor em Psicologia Educacional pela Universidade de Reading - Inglaterra, Professor dos Programas de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica de Brasilia e músico violoncelista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
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