segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XIX - Pobre eleitor! Vai dar tilt!

“Quem não quer raciocinar é um fanático;
quem não sabe raciocinar é um tolo;
e quem não ousa raciocinar é um escravo.”
William Drummond



A quantidade de cavaletes com fotos de candidatos (diga-se de passagem, mesmo na era do Fotoshop, não são das mais belas), com seus respectivos números, tanto do espectro político à direita quanto à esquerda, invade e polui visualmente as beiras das principais vias e estradas do Distrito Federal. Freud explica: vivemos uma epidemia de narcisismo, uma infestação de egolatria sem precedentes - fenômeno este que, infelizmente, está se tornando tradicional a cada quadriênio!

Em um momento em que a cidade deveria ser chamada ao debate, deixa-se patente que, mesmo com as restrições da lei eleitoral para o pleito deste ano, o que ainda impera nas práticas da disputa eleitoral é o abuso do poder econômico e a aposta na irracionalidade de boa parte do eleitorado.

Aí fica a pergunta: que renovação política acontecerá no DF, onde uma quantidade preocupante de candidatos lança mão da forma pavloviana do reflexo condicionado para “conquistar” o eleitor, ao invés de chamá-lo à reflexão via debate qualificado?

Fica também uma observação: nessa inflação de cavaletes com fotos e números sobrepostos, pode ser que, na hora do voto, o reflexo condicionado falhe, em função da confusão de imagens, e aí o eleitor ou a urna eletrônica, enlouquecidos, darão tilt!

Mas o que a cidade não pode mais aguentar, nesses tempos sombrios de puro marketing, é uma nova pane política por mais quatro anos. Isso significará a perda de outro valioso momento histórico, acarretando, insuportavelmente, o prolongamento deste período de cinismo e apatia social. Nós, que lutamos tanto - com um senso até quixotesco - pela plenificação das inúmeras potencialidades do ser humano, não podemos deixar escapar esse raro ensejo! Nessa época de crise da ilusão tecnocrática, trata-se de oportunidade ou possibilidade de avançarmos sobremaneira em direção a tão necessária revolução cultural - esta sim que nos livrará do mal maior, a alienação, permitindo a dignificação de nossa existência!

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ÉTICA E CULTURA PARA MUDAR AS ESTRUTURAS!

Substitua as exclamações
pelas interrogações
E verás que viver
não são simples questões
de pontos finais ou de vista.

A verdade é que tudo, ou quase tudo, hoje em dia, se referencia no mercado. Então, tudo torna-se mera mercadoria. E a mercadoria, na sociedade capitalista, neoliberal e pós-moderna, é algo descartável. Afinal, é preciso gerar lucro, mesmo que isso comprometa a vida. Por isso, é preciso resgatar e reconstruir as utopias. A política com P (maiúsculo) se faz com sonhos e ética!

Marconi Scarinci


PERFIL


Marconi Costa da Silva Scarinci é mineiro de nascimento, mas brasiliense por adoção. Tem 49 anos. É produtor, gestor e militante cultural, e professor de Filosofia.

Marconi foi Secretário-Geral da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas - UMESB (biênio 1983-1984), presidente da Associação de Arte e Cultura de Taguatinga, produtor do Centro Cultural Rio Cine, no Rio de Janeiro, programador do Centro Cultural do Serviço Social da Indústria – SESI, de Taguatinga, e da Câmara do Livro - CLDF, especialmente da Feira do Livro de Brasília.

Com suas “Pílulas Ideológicas”, Marconi visa politizar o debate, promovendo uma discussão qualificada acerca de assuntos candentes e da ordem do dia, além de tangenciar temas existenciais, caros a nossa condição humana.

Com uma militância de 30 anos pelo Partido dos Trabalhadores - PT-DF, Marconi é reconhecido local e nacionalmente por sua decisiva e combativa atuação política em prol da elevação cultural de nosso povo.


PROPOSTAS


As diretrizes culturais que norteam a atuação política de Marconi são:

1. Pela criação da Frente Parlamentar do Livro e da Leitura, a fim de implementar e consolidar políticas de estímulo à leitura e à escrita;

2. Pela transparência, ética, fiscalização e controle social para os recursos públicos;

3. Pela atuação interdisciplinar e transversal da cultura com a educação, a saúde, a segurança, o meio ambiente, entre outras áreas;

4. Pela revitalização, reaparelhamento e/ou construção de equipamentos culturais permanentes em todas as cidades do DF e Entorno;

5. Pela implementação do ensino das artes nos diversos níveis da educação básica, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB;

6. Pela ampliação dos Pontos de Cultura para 200 em todas cidades do DF e Entorno;

7. Por nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura - FAC, ampliando o valor da Receita Corrente Líquida do Orçamento Distrital para a área e a criação de novos mecanismos de financiamento públicos;

8. Pela implantação do Plano e do Sistema Distrital de Cultura;

9. Pela realização de Conferências Regionais e Distrital bienais, inscrevendo suas resoluções nas leis orçamentárias e orgânica do DF;

10. Pela retomada do "Temporadas Populares", com o fito de promover o acesso, a preços módicos, da população de todas as cidades do DF a shows e espetáculos com qualidade de artistas locais, regionais e nacionais;

11. Pela reestruração do Conselho Distrital de Cultura e efetivação dos Conselhos Regionais, eleitos em Conferências;

12. Pela descentralização financeira e orçamentária dos recursos culturais, a fim de dotar as Diretorias de Cultura das Administrações Regionais (DRCs) das verbas necessárias à realização de projetos comunitários;

13. Pela criação de uma fundação responsável pelos equipamentos culturais públicos do DF.


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(61) 9637-3799