sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pílula Ideológica XVIII - Brasília não pode tomar uma nova goleada da corrupção

“A arte de jogar futebol é uma contribuição brasileira
e um dos poucos valores que considero genuinamente universais."
Eric Hobsbawm



O futebol é mais que um esporte no Brasil. É um forte traço cultural do nosso povo. O futebol em nosso País no seu início passou por um processo de luta de classes.

Ele começa como esporte importado por filhos de brancos ingleses e escoceses elitizados, que segregavam da sua prática negros, mestiços e pobres. Vide as histórias do Vasco da Gama, do Bangu ou ainda do centenário Esporte Clube Corinthians, time formado por operários do Bairro do Bom Retiro na capital paulista.

Pena que a esquerda brasileira só de uns tempos para cá, talvez em função do uso indevido da Seleção Brasileira pela ditadura militar, começou a sacar que, se quiser dialogar com as massas, tem de ter as calças poídas pelas arquibancadas dos estádios, como bem sacou o jornalista Juca Kfuori.

A Copa do Mundo de 2014 será no Brasil, e Brasília uma das 14 cidades-sedes. Não é difícil imaginar que muitos dos que estão envolvidos no atual processo eleitoral não estejam pensando, babando e até perdendo o sono em função dos bilhões de reais que circularão pela cidade. Seja na construção de obras, como a do Estádio Nacional de Brasília - que continue Mané Garrincha - que já estava superfaturado, seja de serviços e eventos. A maior parte desse dinheiro, óbvio, será proveniente dos governos federal e local.

É recomendável ao futuro governador do DF (nesse caso e pelo histórico não pode ser Roriz) que seja cirúrgico na escolha do seu secretariado e crie mecanismos de controle social para o dinheiro público.

Quanto ao povo que saiba escolher representantes que sejam comprometidos com a correta fiscalização da gestão dos recursos e bens públicos. Brasília não pode levar uma nova goleada da corrupção.


Marconi Scarinci - é botafoguese sadio e um dos grandes pesquisadores em Brasília da relação Futebol e Cultura.
Em 2006 idealizou e coordenou para o SESI -DF e exposição: "SESI Futebol Brasileiro e Cultura".
Em 2008 coordenou com o cineasta Fernando Camargos o projeto: "50 Anos da Conquista da Copa de 58". Ainda nesse ano, participou com o jornalista Sérgio Cabral, na "27ª Feira de Livro de Brasília", de uma mesa sobre a "Conquista da Copa de 58".
Tem artigos sobre o tema publicados em jornais. Inclusive, em 12 de junho deste ano, foi capa do Caderno Diversão e Arte do Correio Braziliense, falando sobre futebol e literatura.

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ÉTICA E CULTURA PARA MUDAR AS ESTRUTURAS!

Substitua as exclamações
pelas interrogações
E verás que viver
não são simples questões
de pontos finais ou de vista.

A verdade é que tudo, ou quase tudo, hoje em dia, se referencia no mercado. Então, tudo torna-se mera mercadoria. E a mercadoria, na sociedade capitalista, neoliberal e pós-moderna, é algo descartável. Afinal, é preciso gerar lucro, mesmo que isso comprometa a vida. Por isso, é preciso resgatar e reconstruir as utopias. A política com P (maiúsculo) se faz com sonhos e ética!

Marconi Scarinci


PERFIL


Marconi Costa da Silva Scarinci é mineiro de nascimento, mas brasiliense por adoção. Tem 49 anos. É produtor, gestor e militante cultural, e professor de Filosofia.

Marconi foi Secretário-Geral da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas - UMESB (biênio 1983-1984), presidente da Associação de Arte e Cultura de Taguatinga, produtor do Centro Cultural Rio Cine, no Rio de Janeiro, programador do Centro Cultural do Serviço Social da Indústria – SESI, de Taguatinga, e da Câmara do Livro - CLDF, especialmente da Feira do Livro de Brasília.

Com suas “Pílulas Ideológicas”, Marconi visa politizar o debate, promovendo uma discussão qualificada acerca de assuntos candentes e da ordem do dia, além de tangenciar temas existenciais, caros a nossa condição humana.

Com uma militância de 30 anos pelo Partido dos Trabalhadores - PT-DF, Marconi é reconhecido local e nacionalmente por sua decisiva e combativa atuação política em prol da elevação cultural de nosso povo.


PROPOSTAS


As diretrizes culturais que norteam a atuação política de Marconi são:

1. Pela criação da Frente Parlamentar do Livro e da Leitura, a fim de implementar e consolidar políticas de estímulo à leitura e à escrita;

2. Pela transparência, ética, fiscalização e controle social para os recursos públicos;

3. Pela atuação interdisciplinar e transversal da cultura com a educação, a saúde, a segurança, o meio ambiente, entre outras áreas;

4. Pela revitalização, reaparelhamento e/ou construção de equipamentos culturais permanentes em todas as cidades do DF e Entorno;

5. Pela implementação do ensino das artes nos diversos níveis da educação básica, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB;

6. Pela ampliação dos Pontos de Cultura para 200 em todas cidades do DF e Entorno;

7. Por nova gestão para o Fundo de Apoio à Cultura - FAC, ampliando o valor da Receita Corrente Líquida do Orçamento Distrital para a área e a criação de novos mecanismos de financiamento públicos;

8. Pela implantação do Plano e do Sistema Distrital de Cultura;

9. Pela realização de Conferências Regionais e Distrital bienais, inscrevendo suas resoluções nas leis orçamentárias e orgânica do DF;

10. Pela retomada do "Temporadas Populares", com o fito de promover o acesso, a preços módicos, da população de todas as cidades do DF a shows e espetáculos com qualidade de artistas locais, regionais e nacionais;

11. Pela reestruração do Conselho Distrital de Cultura e efetivação dos Conselhos Regionais, eleitos em Conferências;

12. Pela descentralização financeira e orçamentária dos recursos culturais, a fim de dotar as Diretorias de Cultura das Administrações Regionais (DRCs) das verbas necessárias à realização de projetos comunitários;

13. Pela criação de uma fundação responsável pelos equipamentos culturais públicos do DF.


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(61) 9637-3799