“Uma notícia tá chegando lá do Maranhão/
não deu no rádio, no jornal, ou na televisão...
A novidade é que o Brasil não é só litoral/
é muito mais, é muito mais que qualquer zona sul/
Tem muita gente boa espalhada por esse Brasil/
que vai fazer desse lugar um bom país”.
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
“(...) a realização plena e qualificada da televisão pública brasileira
é uma das agendas estratégicas para o desenvolvimento cultural do Brasil
e a consolidação de um país socialmente justo,
antenado nas forças criativas do povo brasileiro.”
(Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, no I Fórum de TVs Públicas, em 2006)
não deu no rádio, no jornal, ou na televisão...
A novidade é que o Brasil não é só litoral/
é muito mais, é muito mais que qualquer zona sul/
Tem muita gente boa espalhada por esse Brasil/
que vai fazer desse lugar um bom país”.
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
“(...) a realização plena e qualificada da televisão pública brasileira
é uma das agendas estratégicas para o desenvolvimento cultural do Brasil
e a consolidação de um país socialmente justo,
antenado nas forças criativas do povo brasileiro.”
(Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, no I Fórum de TVs Públicas, em 2006)
A Televisão Brasileira está comemorando 60 anos de existência neste ano.
Infelizmente muito pouco temos a comemorar, em se tratando de um veículo de comunicação que deveria cumprir sua missão precípua de colaborar para formar uma melhor consciência estética, crítica e cidadã, o que, a depender das chamadas Tvs abertas, comerciais e privadas, que, diga-se de passagem, são concessões públicas, deixam a desejar – baixo nível constatado pela campanha “Ética na TV – Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania!”.
Você já viu ou assistiu apresentações, espetáculos, filmes, shows ou concertos de artistas locais nas grandes emissoras da TV brasileira (Globo, Band, SBT, Record, Rede TV), por meio de suas retransmissoras na capital do País? A resposta é um sonoro não! Quando são lembrados ou aparecem, são naquelas agendas meia boca dos telejornais locais, tipo DFTVs da vida, que, sinceramente, dá vontade de chorar. Isso é muito, mas muito pouco mesmo para uma cidade que é referência nacional no cinema, no teatro, na dança, na música, na cultura popular, nas artes visuais e na literatura.
Já passa da hora de Brasília, a exemplo de São Paulo (TV Cultura), Minas (TV Minas) e Rio de Janeiro (TVE), entre outros estados brasileiros que contam com canais universitários, comunitários, legislativos, educativos e culturais, constituir a sua TV Pública, reproduzindo, em nível distrital, o que a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) vem desenvolvendo em âmbito nacional, para que a produção cultural do DF possa ser melhor divulgada e difundida.
Também já passa da hora de se regulamentar, nacionalmente, a lei que regionaliza as programações de televisão, para que os artistas locais tenham trabalho e reconhecimento. Embora o artigo 221 da Constituição Federal estabeleça que as emissoras devam atender ao princípio da “regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei”, até hoje essa obrigação não foi regulamentada. Desde 1991, há um projeto de lei em debate no Congresso Nacional sobre o assunto, mas, por conta da pressão dos donos das emissoras de TV, ele até hoje não foi aprovado.
Afinal, o Brasil é muito mais do que querem fazer crer os grandes conglomerados da TV Brasileira. Existe vida, e vida inteligente, além do eixo Rio-São Paulo.
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